No acumulado de 2020, dólar tem alta de 11,67%

Moeda norte-americana bateu novo recorde histórico nominal de fechamento nesta sexta-feira e chegou a superar 4,51 reais na máxima do pregão.

Mas terminou o dia mais perto das mínimas, acompanhando a melhora de sinal em Nova York e no Ibovespa após o presidente do Federal Reserve (banco central) norte-americano Jerome Powell, dizer que os Estados Unidos está pronto para proteger a economia do seu país, de acordo com a agência Reuters.

Ele afirmou que a economia dos Estados Unidos permanece em condição sólida, embora o surto de coronavírus represente um risco, e que o banco central agirá como apropriado para fornecer apoio.

O comentário, d iz a Reuters,reforçou expectativa de retomada de cortes de juros pelo Fed, o que pode aliviar as condições financeiras globais e liberar dinheiro que potencialmente migrará para mercados emergentes, como o Brasil, melhorando o fluxo cambial e reduzindo a demanda por dólar.

Lado doméstico

Mesmo com o alívio de fim de dia com o Fed, segundo a Reuters o mercado de câmbio doméstico termina fevereiro marcado por recordes sequenciais. O dólar teve a maior alta para o mês desde 2015 e, nesta sexta, engatou a oitava sessão consecutiva de ganhos – mais longa sequência desde as nove altas seguidas de dezembro de 2005.

Além da percepção maior de risco no mundo por causa da epidemia de coronavírus, a Reuters afirma que do lado doméstico piora nas expectativas para a economia, maiores chances de novos cortes de juros, entendimento de que o governo e o Banco Central desejam um dólar mais apreciado e ruídos políticos colaboraram para uma nova e expressiva alta do dólar.

Na semana que vem, o IBGE divulga os dados do PIB do quarto trimestre de 2019, e a expectativa é que tenha crescido apenas 0,5%, prolongando o que já é sua mais fraca recuperação de recessão jamais registrada, segundo uma pesquisa da Reuters com economistas.