Marcivânia cobra fiscalização nos barcos dos rios da Amazônia
Deputada do PCdoB no Amapá manifesta pesar pelas vítimas de naufrágio no Sul do Estado e pede ações para garantir fiscalização eficiente no setor
Publicado 04/03/2020 11:42
A deputada Professora Marcivânia (PCdoB-AP) ocupou a tribuna, na sessão da terça-feira (3), para comentar o naufrágio da embarcação Anna Karoline 3, ocorrido na madrugada de sábado (29) no Sul do Amapá. A parlamentar manifestou pesar pelas vítimas da tragédia e defendeu a intervenção do legislativo para cobrar uma fiscalização mais eficiente neste setor.
“É importante que, tanto a bancada federal quanto o Ministério Público federal e estadual, além de outras autoridades, se unam na busca de mecanismos para que a gente tenha a garantia de uma fiscalização mais eficiente neste que é o meio de transportes dos ribeirinhos, das pessoas que moram nas ilhas. Essa fiscalização, infelizmente, tem demonstrado não ser eficaz para garantir a segurança de quem usa esse meio de transporte”, afirmou.
O Anna Karoline 3 saiu por volta das 18 horas de sexta-feira (28) de Santana, no Amapá, em direção a Santarém, no Pará. Mas a viagem foi interrompida na madrugada de sábado, próximo à Ilha de Aruãs e à Reserva Extrativista Rio Cajari, no Rio Jari.
O Corpo de Bombeiros afirmou que não há um número oficial de vítimas, pois a embarcação não tem uma lista de passageiros para orientar as buscas, mas o que se sabe é que estavam sendo transportadas no mínimo 60 pessoas.
“Queria deixar aqui não só o meu pesar pela morte de várias mulheres, mães de famílias, pais de famílias e de crianças, mas também no sentido de a gente viabilizar um esforço coletivo e ter fiscalização mais eficiente para evitar que tragédias como essa voltem a acontecer”, ressaltou Marcivânia.
De acordo com o último boletim, divulgado na noite de segunda-feira (2), 18 corpos foram encontrados, 12 pessoas estavam desaparecidas, e 46 pessoas foram resgatadas do local do naufrágio. Sobreviventes descreveram que chovia e ventava forte na hora do naufrágio.
Fiscalização – Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a empresa proprietária do navio não tem autorização para atuar na área onde a embarcação afundou. Em nota divulgada no sábado (29), em uma rede social, a empresa declarou que a embarcação estava alugada para um terceiro.
A Capitania dos Portos ainda vai investigar o que provocou o acidente. A Polícia Civil também instaurou um inquérito para apuração do caso.
PCdoB na Câmara