Presidentes da Câmara, Senado e STF indignados com fala de Bolsonaro

O presidente disse que quem tem medo de rua não serve para ser político e voltou a pedir para a população participar da manifestação contra o Congresso

Jair Bolsonaro compartilhou convocação para manifestação anti-Congresso

Novas declarações de Bolsonaro a favor dos protestos do dia 15 desagradou os presidentes da Câmara, do Senado e do STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo o UOL, nos bastidores, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Davi Alcolumbre (DEM-AP) e o ministro Dias Toffoli manifestaram a aliados descontentamento e indignação com o gesto de Bolsonaro.

Além de pedir para a população participar da manifestação, Bolsonaro disse que quem tem medo de rua não serve para ser político. Os atos têm caráter anti-Congresso e STF.

Ao tomar conhecimento da fala de Bolsonaro, Alcolumbre conversou com Toffoli. Combinaram que, se houver uma manifestação, será conjunta, do Legislativo e do Judiciário, e mais dura que as anteriores.

Alcolumbre demonstrou a interlocutores irritação e preocupação e considerou o episódio deste sábado uma “situação grave”.

Na avaliação dos chefes do Congresso e do Supremo, o recado passado pelo Palácio do Planalto nos últimos dias foi de que Bolsonaro não se manifestaria após a polêmica do vídeo que compartilhou via WhatsApp convocando para os atos.

O senador reclamou com Bolsonaro, que, por sua vez, teria dito que não teve a intenção de colocar as ruas contra o Congresso. Outros parlamentares ouviram do presidente que o episódio era um “mal-entendido”.

Segundo a jornalista Vera Magalhães, ministros do governo federal estão se mobilizando contra as protestos marcados para o dia 15 contra o Congresso Nacional, que foram convocados por Jair Bolsonaro.

Membros do alto escalão avaliam que é necessário um entendimento com parlamentares, principalmente, levando em conta o fraco desempenho de 1% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2019 e o coronavírus.

Com informações do UOL e Brasil 247

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