Estudo levou Trump e Boris Johnson a reverem posição sobre Covid-19

Um estudo do Imperial College de Londres prevê 2,2 milhões de mortes nos EUA e 500 mil no Reino Unido se não forem adotadas medidas para conter velocidade de transmissão.

Donald Trump no Salão Oval, na Casa Branca - Foto: Reuters/Kevin Lamarque

Um estudo do Imperial College de Londres teria levado Donald Trump e Boris Johnson, dois líderes de direita que vinham minimizando os impactos da pandemia do novo coronavírus, a mudaram de estratégia.

O estudo aponta a possibilidade de 2,2 milhões de morte nos Estados Unidos e 500 mil mortes no Reino Unido caso não sejam tomadas medidas governamentais e individuais para conter a velocidade de transmissão do Covid-19. As informações são de O Globo.

As recomendações da Casa Branca agora incluem um apelo para que os americanos evitem aglomerações com mais de 10 pessoas – medida mais restritiva que a anunciada há apenas dois dias, no domingo, que se referia a grupos com mais de 50 pessoas. O governo também recomendou que os americanos trabalhem de casa, evitem sair para fazer compras não essenciais e refeições em restaurantes.

As restrições valem para os próximos 15 dias, mas, segundo Trump, poderão ser endurecidas e prolongadas por meses, caso haja a necessidade. Alguns estados e cidades vêm implementando medidas mais duras por conta própria. Trump anunciou ainda que pretende enviar remessas de US$ 1 mil por pessoa, parte de um plano de estímulo de US$ 850 bilhões.

No caso do Reino Unido, Boris Johnson havia sido duramente criticado por sua estratégia diante da pandemia, que era de adiar a imposição de medidas estritas tomadas em outros países europeus. O premier britânico reviu sua estratégia e pediu na segunda-feira à população que evite qualquer “contato não essencial” e as “viagens desnecessárias”, trabalhando de casa e não frequentando bares, restaurantes, teatros e outros eventos sociais.

Boris Johnson ainda pediu para que todas as famílias que tenham um membro com febre ou tosse adotem o confinamento em suas casas, sem sair “nem para fazer compras” se possível.

Confira a íntegra do estudo que teria influenciado os dois líderes.

Fonte: O Globo