Paulo Guedes é rechaçado no Congresso ao propor venda da Eletrobras

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, chamou de irresponsabilidade fazer “chantagem com a privatização da Eletrobras”

(Foto: Reprodução)

Depois do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afastar qualquer possibilidade de privatização da Eletrobras numa reunião com líderes partidários, vários congressistas engrossaram o coro contra a proposta.

Rodrigo Maia se irritou e chegou a gritar com o líder do governo na Câmara, Vitor Hugo, porta-voz do ministro da Economia, Paulo Guedes, na reunião. O líder insitia em incluir a privatização da empresa na pauta do parlamento entre as ações de combate ao vírus.

O presidente da Câmara chamou de irresponsabilidade fazer “chantagem com a privatização da Eletrobras”.

A líder do PCdoB na Câmara, Perpétua Almeida (AC), diz que ao propor a privatização da Eletrobras Paulo Guedes está na contramão do que está sendo feito no mundo.

“A maioria dos países anuncia a suspensão de pagamento das contas de energia, água e outras necessidades diárias”, disse.

O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) lembrou que até o presidente francês, Emmanuel Macron,anunciou a suspensão das “reformas” liberais por conta da pandemia.

“Enquanto isso, Guedes utiliza a crise pra chantagem e acaba de defender privatização da Eletrobras como solução. É liberalismo terraplanista. A hora é de fortalecer o SUS e se prevenir do coronavírus”, criticou.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) diz que o mundo está em crise e o Brasil desgovernado. “A proposta do governo para o Congresso esfaqueia a sociedade já combalida buscando votar autonomia do BC, privatização da Eletrobras, marco legal do saneamento e PECs do pacto federativo. Política de gângster”, afirmou.

Nem o relator da matéria, deputado Pedro Paulo (DEM-RJ), concorda com o ministro: “Tudo suspenso, a gente não consegue se reunir. É absolutamente equivocado achar que dá para votar privatização da Eletrobras e Plano Mansueto. Estou à disposição, cheguei segunda-feira, adiantei o relatório, mas acho que não tem a menor condição. Quem é que vai ter cabeça e sentar agora e pensar em contrapartida disso ou daquilo?”, disse

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