Coronavírus: em 1 dia, Brasil registra 283 novos casos e mais 5 mortes

Entre ontem e hoje, casos confirmados da doença saíram de 621 para 904, enquanto o número de mortes subiu de seis para 11.

O ritmo de avanço do coronavírus no Brasil se acelerou entre quinta (19) e ontem (19) e hoje (20). Apenas nestas 24 horas, o Ministério da Saúde confirmou 283 novos casos e mais cinco mortes em decorrência da Covid-19. Os casos confirmados da doença saíram de 621 para 904, enquanto o número de mortes subiu de seis para 11. Do total de óbitos, nove foram identificados em São Paulo e dois no Rio de Janeiro.

Os dois estados são também os que mais registram ocorrências confirmadas: são 396 casos em São Paulo, ante 109 no Rio. Também foram mapeados casos no Distrito Federal (87), Ceará (55), Rio Grande do Sul (37), Minas Gerais (35), Bahia (33), Paraná (32), Pernambuco (30), Santa Catarina (21), Goiás (15), Espírito Santo (13), Mato Grosso do Sul (nove), Acre (sete), Sergipe (seis), Alagoas (cinco), Piauí e Amazonas (três), Pará (dois), além de Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Paraíba, Amapá, Tocantins, Rondônia (um). Apenas os estados de Roraima e do Maranhão não apresentam casos confirmados.

Nesta sexta-feira (20), o Ministério da Saúde não realizou a entrevista coletiva diária que vem promovendo nas últimas duas semanas. O anúncio de medidas adotadas pelo governo foi feito em entrevista no Palácio do Planalto, na qual o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, se pronunciou ao lado do presidente Jair Bolsonaro.

No encontro, Mandetta admitiu que o SUS (Sistema Único de Saúde) pode entrar em colapso em abril devido à pandemia do novo coronavírus. De acordo com o ministro, o ritmo de transmissão do vírus deve ser desacelerado até junho, com equilíbrio nos meses posteriores e queda real a partir de setembro.

“Temos dois cenários: o primeiro foi apresentado pela China, que talvez retrate o finalzinho, o terço final. Eles reconhecem o coronavírus em janeiro, fazem o bloqueio em Wuhan em 17 de janeiro, atravessam fevereiro, e em março informam que está debelada [vencida] a epidemia”, afirmou Mandetta. “A partir do momento em que ela [a pandemia] saiu da China, não conseguimos planejar. Como pensar que Pequim passou sem nada? Como um país de 1,5 bilhão de habitantes teve 80 mil casos?”, comparou.

Fora da China, no entanto, o coronavírus não teve um combate à altura. “Chegou ao Irã, ao Oriente Médio, e fez um estrago enorme. No mundo ocidental – onde as informações são mais fidedignas –, fica caracterizado que o vírus tem um padrão de transmissão muito competente”, alertou Mandetta. Com cada pessoa em trânsito, o vírus faz uma curva de 90 graus quando pega ar e sobe. Ainda não estamos nela. São Paulo está fazendo o início de seu redemoinho.”

Da Redação, com agências

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