Em meio à luta contra COVID-19, China intensifica ajuda ao exterior

“O novo coronavírus representa um inimigo para toda a humanidade, e a solidariedade é mais importante neste momento”, afirmou uma autoridade chinesa

Equipe médica chinesa chega à capital sérvia de Belgrado, em 21 de março

Deng Boqing, vice-presidente da Agência Internacional de Cooperação para o Desenvolvimento da China, disse que os 89 países estão distribuídos pela Ásia, Europa, África, Américas e Pacífico Sul.

Numa coletiva realizada pelo Gabinete de Informações do Conselho de Estado, ele disse que o auxílio consistia em suprimentos médicos e assistência técnica. Os suprimentos incluem kits de teste, máscaras, roupas de proteção, óculos de proteção, termômetros e ventiladores, sendo que a assistência é oferecida principalmente por médicos especialistas enviados para outros países, afirmou Deng.

A China enviou especialistas médicos ao Irã, Iraque, Itália, Sérvia e Camboja para os ajudar a combater o vírus.

É a responsabilidade da China apoiar a comunidade internacional no combate ao Covid-19, e esse apoio ajuda a reduzir o risco de o vírus atravessar a fronteira para o país, ameaçada por casos importados e locais, disse Deng.

A gravidade da pandemia e um pedido de apoio da China estão entre os fatores que a China considera ao elaborar planos de ajuda, determinados após discussão com os países beneficiários, disse ele.

A China trabalhou dentro de sua capacidade para fornecer assistência e, ao mesmo tempo, garantir que suas necessidades domésticas de recursos médicos são atendidas, asseverou Deng.

Outra parte importante do contributo da China para a batalha global é o compartilhamento da sua experiência. Zeng Yixin, vice-diretor da Comissão Nacional de Saúde, disse que a comissão compilou uma versão atualizada dos planos de diagnóstico e tratamento, entre outros documentos técnicos, e os compartilhou com 180 países e mais de 10 organizações internacionais e regionais.

Os métodos e técnicas que a China desenvolveu para controlar a doença são “inestimáveis”, afirmou Zeng.

A comissão realizou ainda intercâmbios com a comunidade internacional, disse, acrescentando que realizou cerca de 30 videoconferências sobre questões técnicas com mais de 100 países e regiões.

Em 12 de março, a comissão e a Organização Mundial de Saúde realizaram uma videoconferência para compartilhar a experiência da China com representantes de 77 países e sete organizações internacionais que compareceram. Foi visto por mais de 100.000 pessoas on-line, disse Zeng.

A China está também entre os países que trabalham para desenvolver vacinas contra o novo coronavírus. Xu Nanping, vice-ministro da Ciência e Tecnologia, disse que a vacina recombinante de vetores de adenovírus da China entrou em ensaios clínicos em 16 de março.

As empresas chinesas também estão trabalhando com colegas dos Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido para desenvolver outros tipos de vacinas para o novo coronavírus, disse Xu. Os melhores resultados vêm da pesquisa conjunta e do compartilhamento de conquistas, segundo ele.

Fonte: Diário do Povo

Matéria atualizada às 14:23, do dia 29.03.2020

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