Vídeo de Bolsonaro chama governadores de canalhas; Flavio Dino rebate

“O que mais faz falta [a Bolsonaro]? Seriedade ou competência?”, questionou o governador do Maranhão

Um dia depois de fazer um pronunciamento mais comedido em cadeia nacional, Jair Bolsonaro voltou a pregar a divisão nacional e o ódio, mesmo sob a pandemia do coronavírus. Na manhã desta quarta-feira (1), o presidente compartilhou, em suas redes sociais, um vídeo em que um homem, ao apontar para o Ceasa de Belo Horizonte (MG) vazio, chama os governadores de “corja” e “canalhas”.

“A culpa disso aqui é dos governadores, viu!? Porque o presidente está brigando incessantemente para uma paralisação responsável”, diz o homem, numa fala aparentemente ensaiada. “E essa corja de governadores canalhas ‘tão’ aí, cada um por si, igual a uma manada de burros querendo ganhar nome e projeção política”, emenda o suposto “homem do povo”.

Em discurso na noite anterior (31), Bolsonaro adotou tom mais moderado e falou em evitar ao máximo a perda de vidas. Desta vez, novo pronunciamento nacional em rádio e TV, não criticou o distanciamento social. Com a postagem do vídeo, porém, o presidente volta à carga contra os governadores.

“Bolsonaro ontem falou em ‘pacto’. Mas hoje começa o dia atribuindo a governadores problemas econômicos cujas soluções dependem do governo federal. O que mais faz falta? Seriedade ou competência?”, questionou, no Twitter, o governador Flávio Dino (PCdoB-MA).

Diferentemente do que recomenda a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Ministério da Saúde e a imanes maioria dos especialistas no tema, Bolsonaro tenta insistir que o isolamento tem de ser abandoando, em nome da economia. Já Flávio Dino e os demais governadores defendem a quarentena e implantam em seus estados restrições de circulação e de aglomerações de pessoas como o fechamento de comércios – o que tem garantido um combate mais eficaz à Covid-19.

Depois da publicação do presidente, a rádio CBN da capital mineira foi ao local e constatou que a central está plenamente abastecida. De acordo com reportagem publicada nesta quarta-feira, os produtores afirmaram que as atividades estão normais e não há risco de faltar produtos.

Com informações do Poder360

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