Auxílio emergencial: 30,7 milhões de trabalhadores concluíram cadastro

Cerca de 30,7 milhões de brasileiros concluíram o cadastro para receber o auxílio emergencial de R$ 600, que será pago a trabalhadores informais e desempregados, por três meses, durante a crise do novo coronavírus. Conforme boletim da Caixa Econômica Federal divulgada às 10 horas desta sexta-feira (10), 40% optaram pela poupança social da instituição para receber os recursos.

A expectativa da Caixa é criar 30 milhões de contas nesse formato. Em um primeiro momento, os recursos depositados na poupança social da Caixa não poderão ser sacados, pois estarão disponíveis somente para transações digitais como transferências e pagamentos de contas. De forma irresponsável, o governo Jair Bolsonaro ainda não divulgou o calendário para a realização de saques, apesar de o projeto de lei ter sido aprovado pelo Senado há 11 dias.

A Caixa informa ainda que o site http://auxilio.caixa.gov.br já recebeu 271,2 milhões de visitas. Foram enviados 118,7 milhões de mensagens por celular (SMS) para a confirmação do cadastro do auxílio emergencial. A central 111, na qual os brasileiros podem tirar dúvidas e pedir informações, recebeu até o momento 7,3 milhões de ligações.

O auxílio – uma importante conquista dos partidos da oposição e dos movimentos sociais – vai minimizar os impactos econômicos da crise do coronavírus nas famílias em situação de vulnerabilidade. Depois que Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes (Economia) sugeriram uma ajuda de apenas R$ 200 por mês às famílias mais vulneráveis, a luta da oposição, com o apoio do conjunto do Congresso, garantiu que o valor mínimo fosse triplicado. Agora, nos casos mais graves, uma família pode ter dois beneficiários. Além disso, mães que sustentam a família receberão R$ 1.200.

O projeto podia ser sancionado pelo presidente desde 30 de março. Bolsonaro só assinou a lei dois dias depois e, ainda assim, não formalizou a data para o pagamento. Nesta quinta-feira, a Caixa pagou para apenas 2,5 milhões dos beneficiários. Foram contemplados, nessa primeira etapa, apenas uma parte dos clientes da própria Caixa (2,1 milhões de pessoas) e do Banco do Brasil (436 mil).

Com informações do Estadão