Empresas de Trump demitem mais de 1500 funcionários durante a pandemia

Maioria dos demitidos é composta por imigrantes, muitos deles em condição ilegal no país.

Os Estados Unidos somam, até o presente momento, cerca de 17 milhões de novos desempregados por conta do coronavírus. O presidente Donald Trump, que já entrou para a história por sua indolência durante a atual crise, também precisa ter divulgada outra lamentável faceta: a do empresário que demitiu mais de 1.500 funcionários de sua cadeia de hotéis durante a pandemia.

A maioria dos trabalhadores demitidos é formada por imigrantes, mão de obra considerada barata no país e fundamental para o setor hoteleiro. Jornais como o “New York Times” e o “Miami Herald” fizeram reportagens a respeito nos últimos dias. Houve demissões em hotéis de Trump em pelo menos cinco cidades do país.

A revista “Forbes” colocou em evidência uma grande contradição no discurso político de Trump, que passou os últimos anos defendendo “a América em primeiro lugar”, ao demonstrar que grande parte de seus funcionários tem origem imigrante. “Esse grupo de empregados é uma vergonhosa realidade para um presidente que vive atacando os imigrantes ilegais no país, uma verdade que sua empresa faz questão de apagar”.

Trump, bilionário midiático que resolveu se aventurar na política há poucos anos, também tem recebido críticas por não agir como outros grandes empresários do país, responsáveis por grandes doações para abrandar os efeitos da crise. Segundo o New York Times, todos os hoteis de Las Vegas doaram alimentos e dinheiro para aprimorar o combate ao coronavírus, com uma única exceção: o Trump International Hotel.