Bolsonaro é inimigo da vida e do emprego, diz sindicalista

Para Cléber Rezende, presidente da CTB-Pará o governo federal é o inimigo comum daqueles que estão buscando salvar vidas e preservar empregos e direitos da população.

Para Cleber Rezende a ampla articulação entre movimentos sociais, sindicais, governos estaduais e municipais é o caminho que aponta perspectivas para os trabalhadores e trabalhadoras no enfrentamento dos efeitos provocados pela pandemia do coronavírus. Segundo ele, o governo federal é o inimigo comum daqueles que estão buscando salvar vidas e preservar empregos e direitos da população. 

O sindicalista paraense é o destaque da Série CTB entrevista, que tem reunido experiências de como os sindicatos estão enfrentando a pandemia e atuando para evitar a retirada de direitos da classe trabalhadora. Cleber é membro da Coordenação Estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará.

Confira a entrevista na íntegra:

Como você avalia as Medidas Emergenciais para o enfrentamento do coronavírus (Covid-29), manutenção do Emprego e da Renda anunciadas pelo governo Bolsonaro até agora?

As MP’s 927 e 936/2020 objetivam fragilizar as relações entre Capital e Trabalho, buscando afastar a representação dos trabalhadores/as, os sindicatos, das negociações trabalhistas, num momento de gravidade sanitária, econômica e social do país, onde as categorias dos trabalhadores então fragilizadas emocional e socialmente. Temos que reafirmar que negociações de acordos de trabalhos devem ser coletivas e com a participação dos sindicatos. A MP 905 da Carteira de Trabalho Verde e Amarelo não protege e nem gera os empregos prometidos. O governo Bolsonaro destinou 1,2 trilhão de reais aos bancos, e para os trabalhadores colocam todas as barreiras para a liberação dos 600,00. É a inversão do papel do Estado, socorrendo os mais graduados e deixando no limbo os mais vulneráveis. Em plena crise Bolsonaro ataca os direitos da classe trabalhadora brasileira, lamentável. 

Quais os impactos da crise na sua categoria? Houve paralisação parcial ou total das atividades? Se não houve interrupção total, quais as medidas que estão sendo adotadas para preservar a vida, a saúde e a segurança dos trabalhadores? 

Em muitas categorias como na educação pública ouve a paralisação das atividades pedagógicas, e agora o governador do Pará anuncia antecipação de 15 dias de férias, a partir de 22 de abril, o que a CTB discorda, neste momento de isolamento. É lamentável empresas internacionais como a Hydro Alunorte, com atuação no Pará, querer interromper contrato de trabalho e suspender salários, exigindo do SindiQuímicos forte atuação para manutenção dos direitos dos trabalhadores/as.  A CTB/Pará tem orientado os sindicatos a manterem suas representatividades, evitando quaisquer negociações individuais, reafirmando o papel dos sindicatos e dos acordos coletivos de trabalhos para a proteção da saúde, da vida, do emprego e da renda das categorias.

O que está sendo feito para garantir emprego e salários? Como o Sindicato está atuando para garantir a negociação coletiva diante da pressão das empresas pelo acordo individual? Quantas demissões ocorreram na sua base até o momento?

No geral temos buscado o apoio das respectivas categorias e muitas vezes do Ministério Público do Trabalho nas mediações com o setor empresarial, negociando de forma coletiva, a exemplo dos rodoviários de Belém, para evitar demissões e reduzindo os prejuízos a categoria. A CTB/Pará coordenou a elaboração de um documento que foi assinado por todos os sindicatos e federações filiados a Central, e enviado ao governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), com as proposições para o combate a Covid-19 e pela manutenção dos empregos e salários em solo paraense. Esperamos que medidas sejam tomadas e implementadas nesta linha. Em Belém, o Sindicato dos Agentes de Saúde e Endemias do Pará conseguiram liminar obrigando o município a fornecer EPI’s aos profissionais de saúde. Outro fator foi a pressão das entidades sindicais contra um decreto do governador pela retirada das gratificações e benefícios aos servidores do Pará, levando a revogação das restrições.  

O que fazer nesta conjuntura complexa? Qual o caminho? 

Todos estão em buscas das respostas e caminhos para as saídas da crise. Sendo indispensável à ampla articulação entre as Centrais e os Sindicatos com suas bases sociais, articulação com governos estaduais e municipais contra a retirada de direitos e para amenizar os impactos da crise para classe trabalhadora. Tendo no governo federal um inimigo comum das entidades, dos trabalhadores e dos governadores e prefeitos progressistas que buscam caminhos de reduzirem os impactos da pandemia, salvando vidas e direitos sociais. Seguiremos lutando e defendendo os trabalhadores e trabalhadoras.

Fonte: Portal CTB 

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3 comentários para "Bolsonaro é inimigo da vida e do emprego, diz sindicalista"

  1. Jorge Hardt Filho disse:

    Inimigo do povo é o partido comunista Chines que produziu a pandemia pra comprar empresas do mudo democrático

  2. Jorge Hardt Filho disse:

    Porque não publicaram meu comentário de uma hora atrás?

  3. Tonhão disse:

    Esse tal de Jorge é um completo ignorante!!!

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