Bolsonaro enrola população e desiste de antecipar auxílio emergencial

Antecipação garantiria R$ 600 para trabalhadores informais e desempregados num prazo mais justo

Após enrolar a população brasileira com a promessa de que anteciparia o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial, a gestão Jair Bolsonaro voltou atrás. Nesta quarta-feira (22), alegando uma suposta “falta de recursos”, o governo federal anunciou ter desistido da medida – que garantiria R$ 600 para trabalhadores informais e desempregados num prazo mais justo.

Por meio de nota, o Ministério da Cidadania afirmou que recebeu recomendação da CGU (Controladoria Geral da União) a respeito da impossibilidade de efetuar novos depósitos. A pasta informou que solicitará mais verba ao Ministério da Economia a fim de quitar o pagamento das três parcelas do benefício.

De acordo com a Cidadania, o recurso disponível para cada uma das três parcelas é de R$ 32,7 bilhões. “Já foram transferidos R$ 31,3 bilhões, e ainda serão avaliados cerca de 12 milhões de cadastros para a primeira parcela.”

A Caixa prevê que só vai liberar o restante do crédito da primeira parcela em maio – em outra evidência do descaso da gestão Bolsonaro. A maioria da população já está sob quarentena desde meados de março, mas o auxílio emergencial não chegou, ainda, à maioria das famílias que necessitam dessa renda básica e temporária.

Cerca de 30 milhões de pessoas receberam até esta quarta-feira (22) o total de R$ 22 bilhões, segundo o governo. Em nota, a Dataprev informa ter recebido 45 milhões de cadastramentos de 7 a 10 de abril, dos quais processou 32 milhões. De 11 a 17 de abril, foram 7 milhões de solicitações concluídas.

Senadores

Na noite desta quarta, o Senado aprovou, por unanimidade (80 votos a zero), a ampliação do auxílio emergencial durante o período de pandemia da Covid-19. O projeto aprovado estende a possibilidade de dobrar o auxílio a homens que sustentam sozinhos suas casas.

Além disso, a medida possibilita que mães adolescentes tenham acesso ao auxílio – hoje elas esbarram na cláusula dos 18 anos. O texto – que agora vai à sanção do presidente Jair Bolsonaro – também proíbe o governo Bolsonaro de negar o benefício a quem não tiver CPF.

Com informações do Poder360

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