‘Plano econômico é resposta dos militares à paralisia de Paulo Guedes’
Segundo o Estado e a Folha de São Paulo desta quinta-feira (23), o anúncio do Pró-Brasil demonstra que os militares assumem protagonismo em nova fase do governo Bolsonaro
Publicado 23/04/2020 11:41
Por enquanto ainda no campo das ideias, o plano econômico anunciado pelo governo Bolsonaro, sem a presença do presidente e do ministro da Economia, Paulo Guedes, é considerado uma resposta à paralisia da equipe econômica diante dos danos da recessão após a crise do coronavírus
Segundo o Estado e a Folha de São Paulo desta quinta-feira (23), o anúncio do plano demonstra que os militares assumem protagonismo em nova fase do governo Bolsonaro.
“Não é mais possível atribuir a eles um suposto papel meramente técnico ou moderador do governo. Eles se tornaram explicitamente o núcleo de formulação das diretrizes políticas em vigor, escanteando ministros civis como Paulo Guedes, Luiz Henrique Mandetta/Nelson Teich e, já há algum tempo, Onyx Lorenzoni”, diz o Estado.
Na Folha, o ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, é tratado como o principal articulador político do governo em meio ao coronavírus.
Segundo o jornal, ele foi o principal responsável pela aproximação de Bolsonaro aos partidos e ainda atua para dissolver os conflitos internos, controlar a comunicação e reduzir o poder de fogo da oposição.
“Nesta quarta-feira (22), por exemplo, anunciou um plano de retomada da economia, chamado de Pró-Brasil, em que assumiu o protagonismo, em movimento de isolamento do ministro da Economia, Paulo Guedes”, diz reportagem do jornal.
Braga Netto também voltou a abrir os corredores do terceiro andar, onde fica o gabinete de Bolsonaro, para receber líderes do chamado centrão.
O bloco político formado por PP, PL, Republicanos, DEM, Solidariedade, entre outros, até então alijado do governo por representar a chamada “velha política”.
Falta de comando
Apesar da iniciativa dos militares, é clara a falta de comando e unidade dentro do governo, o que pode resultar na ineficácia e fracasso das ações.
Paulo Guedes demonstrou que é contra o plano e mandou avisar que não há mais dinheiro público para tirar o Brasil do atoleiro.
Enquanto isso, o governo volta atrás e decide adiar o pagamento da segunda parcela do seguro emergencial, ao passo que o Senado aprovou a ampliação do benefício a outras categorias.
A boa nova é que, por conta da pandemia, o governo desistiu de manter o plano de privatizações em 2020.
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