Justiça cobra explicação da ANP sobre preço abusivo do gás de cozinha

Ação Popular pediu a fixação da tarifa dos botijões de 13 quilos em R$ 49 e cobra da agência que faça a fiscalização e puna revendedores que praticam preços abusivos

(Foto: Agência Brasil)

O juiz federal Augusto César Pansini Gonçalves, da 6ª Vara Federal de Curitiba, no Paraná, concedeu prazo de 72 horas para a Agência Nacional do Petróleo (ANP) se manifestar sobre os constantes aumentos abusivos nos preços do gás de cozinha.

A manifestação atende à ação popular movida pela presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), que pediu à Justiça que determina à ANP a fixação do valor do botijão de 13 quilos em R$ 49 para o consumidor final. Gleisi cobrou a fiscalização da agência junto aos distribuidores em todo o país.

No recurso judicial, Gleisi argumenta que, em meio à crise sanitária e econômica que o país enfrenta, consumidores de diversos estados brasileiros denunciam a conduta abusiva de distribuidoras e revendedoras de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), que se aproveitam do momento para aumentar injustificada e abusivamente os preços do botijão.

“Enquanto a Petrobras anunciou a terceira redução no preço do GLP nos últimos dias, acumulando um corte de 21% nos preços neste ano, o que significa que o preço nas refinarias do botijão de 13kg passa ser R$ 21,85, há distribuidoras e revendedoras pelo país que estão vendendo o botijão por mais de R$ 100”, alerta.

A presidenta do PT diz que a situação é grave, porque se trata de um item de extrema necessidade a todos os brasileiros.

Ela alerta que a ANP tem a obrigação de reforçar a fiscalização e zelar pelo correto funcionamento das atividades do setor. Por isso, Gleisi pediu à Justiça que intime a agência a adotar medidas mais firmes para fiscalizar e evitar as práticas abusivas.

“Não é aceitável que fornecedores abusem de seus direitos e forcem seus interesses financeiros em um momento tão delicado sem que se preocupem com a existência de outros sujeitos mais frágeis na relação, que dependem de seus produtos e serviços para viver”, denuncia.

“A Petrobras já se manifestou a respeito de que não haverá desabastecimento no país e, inclusive, anunciou a importação adicional de três navios carregados com GLP, cada um com capacidade de 20 milhões de quilos, para reforçar o abastecimento do país”, insiste.

“A vida, a alimentação e a saúde da população estão em risco por falha estrutural no sistema de fiscalização de serviços essenciais, o que demanda uma atuação imediata por parte do Poder Judiciário, a partir da adoção de uma postura estruturante garantidora de direitos” acrescenta.

PT Nacional

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *