“Estamos, de novo, sem ministro da saúde”, diz Flávio Dino
Em entrevista à Rádio Gaúcha, nesta terça-feira (12), o governador Flávio Dino falou que o Brasil já possui o segundo ministro da saúde demitido no meio de uma crise.
Publicado 12/05/2020 22:03 | Editado 13/05/2020 13:01
“ Se você chega a uma entrevista coletiva e sabe pelos jornalistas o que tá acontecendo, fica claro que o presidente da República depreciou, destruiu a autoridade do próprio ministro. Fiquei penalizado pelo ministro que ficou sem ter o que dizer dado o absurdo da decisão do presidente”, afirmou Dino.
O governador do Maranhão afirmou que o ministro Teich já reuniu duas vezes com os governadores do Nordeste e se mostra sempre cortês, solícito e aberto ao diálogo em relação às demandas da crise do coronavírus no país.
“Além da demissão formal do Mandetta, temos agora essa demissão fática do Teich e eu espero que ele seja readmitido hoje, para que possamos continuar mantendo um canal para tentar resolver o problema do país nessa crise sanitária ”, afirmou o governador do Maranhão.
Sobre o decreto editado ontem (11) pelo presidente da República, sobre abrir salão de beleza, academia, Flávio Dino disse que o presidente quer apenas dizer que os governadores são responsáveis pela crise econômica. “É preciso ter lealdade, seriedade. Infelizmente não há neste momento um caminho de saída de enfrentamento da crise. Queremos saber o que o Governo Federal vai fazer. Uma nova reforma tributária? Investimentos em obras públicas? E a emissão de títulos públicos?”, indagou o governador.
Fonte: Governo do Maranhão
O governo não fará nada. Continuará investindo no desespero do nosso povo e tentando, através dos milicianos que controlam os territórios de muitas “Rio das Pedras” em todo Brasil, canalizar as inevitáveis ações de revolta que esse desespero tende a produzir, para vandalizar regiões urbanas, acumulando pretextos para um autogolpe. A oposição precisa reagir imediatamente, se esforçando para conscientizar os trabalhadores e o povo, revelando os intentos golpistas das milícias, e o mal que este projeto de destruição da democracia traria para as camadas populares e para os interesses nacionais. Essa deveria ser a tarefa número um. O centro de gravidade da luta deveria se deslocar da luta institucional para os movimentos sociais, para os locais de trabalho e de moradia, organizando comitês de resistência ao golpe, a par de ações de proteção sanitária já em curso em várias comunidades, similares àqueles que foram organizados para se opor a ALCA em 2000 (embora esses comitês possam se valer dos novos modelos de organização política que correspondem ao imperativo de isolamento social através das redes sociais que àquela época ainda não existiam), em torno da palavra de ordem #ForaBolsonaro, e defendendo medidas urgentes de proteção social e da vida econômica, sobretudo das pequenas e médias empresas. Há muita gente circulando nas ruas de todo país. A oposição não pode, em nome do respeito ao isolamento social, permitir que essas pessoas sejam contatadas apenas pelos milicianos e vigaristas neopentecostais que não se importam em desrespeitar esse isolamento para desenvolver ações políticas que conspiram contra a democracia e as liberdades.