Quem cuidou da saúde teve recuperação mais rápida, diz CEO da Renner

“Seguimos os critérios e orientações que todos os governantes deveriam usar – que são os das entidades de saúde”, disse o executivo.

O presidente das Lojas Renner, Fabio Adegas Faccio - Foto: Arquivo pessoal/Facebook

A Renner, uma das gigantes da moda varejista no país, decidiu manter a rede física fechada mesmo em locais onde há aval da prefeitura para reabertura. O presidente da empresa, Fabio Faccio, disse nesta quarta-feira (19) que a rede acompanha por conta própria dados de disseminação da Covid-19 para decidir se volta ou não às atividades. Hoje, a maior parte das lojas do grupo está fechada.

“Seguimos os critérios e orientações que todos os governantes deveriam usar – que são os das entidades de saúde”, disse o executivo. “Mas como sabemos que há alguns governantes muito responsáveis, há outros que sofrem muita pressão (para reabrir)”, declarou. A gente, então, tem precaução extra”. Faccio disse ainda que a observação de outras experiências mostra que “quem cuidou da saúde teve uma recuperação econômica mais rápida”.

As declarações do empresário vão na contramão das atitudes do presidente da República, Jair Bolsonaro. Bolsonaro defende a reabertura imediata e irrestrita do comércio, sem que seu Ministério da Saúde sequer tenha preparado um plano para garantir a segurança da população.

Na última semana, o presidente incluiu sem consultar autoridades de saúde academias e salões de beleza no rol de atividades essenciais, ou seja, que podem funcionar durante a pandemia. O então ministro da Saúde, Nelson Teich, não foi consultado e foi informado da medida pela imprensa, o que criou um momento constrangedor durante uma coletiva.

A discordância sobre a reabertura do comércio, além da obsessão de Bolsonaro com a cloroquina, remédio cujos benefícios contra a Covid-19 não têm comprovação científica, levaram Teich a pedir demissão antes de completar um mês no cargo. Após Luiz Henrique Mandetta, foi o segundo ministro da Saúde a cair em plena pandemia.

Com informações do Estadão Conteúdo

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