Nova Zelândia discute semana de 4 dias para recuperar a economia
Medida ajudaria o país a incentivar o turismo interno enquanto as fronteiras estiverem fechadas.
Publicado 20/05/2020 18:43 | Editado 20/05/2020 18:44
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, sugeriu nesta quarta-feira (20) que os empregadores considerem uma semana de trabalho de quatro dias e outras opções flexíveis como uma maneira de retomar as atividades no país. A líder disse que as medidas ajudariam a nação a incentivar o turismo interno enquanto as fronteiras estão fechadas, de modo a retomar a economia, pois dessa forma muitos viajariam mais pelo país.
“Eu ouço muitas pessoas sugerindo que deveríamos ter uma semana de trabalho de quatro dias. Isso atualmente acontece entre empregadores e funcionários. Mas, como eu disse, aprendemos muito sobre a Covid-19 e a flexibilidade do trabalho em casa”, disse Jacinda.
Segundo a primeira-ministra, a flexibilidade no trabalho ajudaria o turismo local. “Eu realmente incentivaria as pessoas a pensarem nisso. Se você é um empregador e pode oferecer flexibilidade, pense se isso é algo que funcionaria no seu local de trabalho, pois certamente ajudaria o turismo em todo o país”.
Saúde controlada, economia em risco
A Nova Zelândia levou o isolamento social a sério no combate ao novo coronavírus. O governo ordenou medidas de segurança rígidas e, apesar de governar uma população de estimada em mais de 4 milhões de habitantes, amargou apenas 21 mortos por conta da doença.
Não há novos casos do vírus há mais de uma semana e nenhum na Ilha Sul da Nova Zelândia há mais de 20 dias. A agitação da atividade econômica começou e o país recomeçou as viagens domésticas. Nesta fase, não há viagens internacionais. Esse cenário foi alcançado após uma postura considerada como ideal diante dos riscos da pandemia.
Uma vez controlada a pandemia, a preocupação agora recai sobre como recuperar a economia. Milhares de trabalhadores do país foram demitidos durante o período de medidas restritivas. A economia deve contrair até 8% este ano, informou o FMI, enquanto os números de desemprego podem exceder 15% e chegar a 30%.
Com agências. Edição: Fernando Damasceno