Rejeição a Bolsonaro é a maior desde início do governo, diz Datafolha

A pesquisa aponta que 43% dos brasileiros consideram o governo ruim ou péssimo. No levantamento anterior (27 de abril), esse índice era de 38%

Jair Bolsonaro - Foto: Reprodução

Pesquisa Datafolha aponta que 43% dos brasileiros consideram o governo ruim ou péssimo. É o pior índice desde o início do governo. No levantamento anterior (27 de abril), esse índice era de 38%.

O levantamento feito na segunda-feira (25) e na terça (26), portanto, já no impacto do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, revelou uma alteração no quadro daqueles que passaram a rejeitar mais o presidente.

“Olhando a breve série histórica de Bolsonaro no poder, o Brasil deixou de estar partido em três partes iguais, como o Datafolha indicou ao longo de 2019, para caminhar a uma divisão em que o polo que rejeita o presidente é mais denso”, diz a reportagem da Folha sobre a pesquisa.

“A aprovação de Bolsonaro segue estável, os mesmos 33% nas duas aferições. Já aqueles que acham o governo regular, potenciais eleitores-pêndulo numa disputa polarizada, caíram de 26% para 22%”, aponta a Folha.

Margem de erro

Foram ouvidos 2.069 adultos, com margem de erro de dois pontos percentuais. A aprovação de Bolsonaro segue estável, os mesmos 33% nas duas aferições. Já aqueles que acham o governo regular, potenciais eleitores-pêndulo numa disputa polarizada, caíram de 26% para 22%.

Um fato interessante é que Bolsonaro perde apoio entre os mais ricos. “Se antes eles eram um esteio da aprovação do presidente, agora estão entre os que mais o rejeitam, com 49% de ruim ou péssimo”, aponta a pesquisa. “Entre aqueles 55% que assistiram ao polêmico vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, a rejeição a Bolsonaro sobe a 53%.”

No mesmo segmento, contudo, é alta sua aprovação: 42%. A fatia daqueles no meio do caminho, que acham Bolsonaro regular, míngua para 8%.

A estratificação mostra também que os mais instruídos são os que mais rejeitam, no cômputo geral, o presidente. Entre os que têm curso superior, 56% desaprovam Bolsonaro, ante 36% daqueles que têm o ensino fundamental.

Isolamento social

Já a disputa política em torno da condução da pandemia, na qual Bolsonaro assumiu o papel de inimigo do isolamento social em prol da manutenção da economia aberta, tem reflexos.

Questionados sobre sua adesão ao isolamento, o maior grupo (50%) diz que só sai de casa se for inevitável. Entre esses, a rejeição a Bolsonaro vai a 48%. O mesmo se dá entre aqueles que ou pegaram a Covid-19 ou conhecem alguém que pegou, com 47% de ruim/péssimo.

Quem vive em regiões metropolitanas, que estão sofrendo mais com a doença, também critica mais o presidente: 49% de rejeição, antes aprovação de 32% e um regular minguante de 19%.

O mesmo se dá demograficamente: as duas regiões mais populosas, Sudeste e Nordeste, com cerca de 2/3 dos moradores do país, rejeitam mais Bolsonaro, com 45% e 48% e ruim/péssimo, respectivamente. É má notícia eleitoral para o presidente a posição no Sudeste, já que nordestinos sempre foram grupo de resistência ao seu nome.

Com informações do UOL

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