Como o vídeo da reunião ministerial ampliou a rejeição a Bolsonaro

Segundo pesquisa XP/Ipespe, 49% dos brasileiros avaliam a atual administração como ruim ou péssima, enquanto apenas 26% a consideram ótima ou boa

O governo Jair Bolsonaro é rejeitado por metade da população brasileira, aponta nova rodada da pesquisa XP/Ipespe.  Segundo o levantamento, realizado entre 26 e 27 de maio, 49% dos brasileiros avaliam a atual administração como ruim ou péssima, enquanto apenas 26% a consideram ótima ou boa.

Os índices de aprovação ao governo são maiores entre os homens (32%), na região Sul (32%) e entre evangélicos (31%). É notório que Bolsonaro não consegue alcançar nem sequer um terço de apoio em nenhum segmento. A desaprovação, em contrapartida, é amplamente majoritária no Nordeste (59%), entre as mulheres (53%), entre os brasileiros que estão sem trabalho (53%), nas capitais (53%) e nas cidades com mais de 500 mil habitantes (53%).

A rejeição a Bolsonaro – que já vinha elevada desde agosto de 2019 – se ampliou com a divulgação do explosivo vídeo da reunião da reunião interministerial de 22 de abril. O evento foi citado pelo ex-ministro Sérgio Moro como prova no inquérito que apura como Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal para blindar familiares e amigos envolvidos em denúncias.

De acordo com a pesquisa, 71% dos entrevistados dizem ter tomado conhecimento do vídeo. Deste grupo, 59% acreditam que o conteúdo revelado tem impacto negativo para o governo, ao passo que 30% veem efeitos positivos. Para 47%, o vídeo da reunião alterou para pior a opinião das pessoas sobre a gestão Bolsonaro, enquanto 28% não esperam mudanças de avaliação e 20% acreditam em melhora nas opiniões.

A maioria dos entrevistados (46%) acredita que, na troca de acusações entre Bolsonaro e Moro, é o ex-ministro que está falando mais a verdade. Outros 21% creem mais no presidente, enquanto 9% não creem em nenhum dos dois.

Os brasileiros seguem igualmente descrentes com os rumos da economia sob a gestão Bolsonaro. Para 54%, as medidas estão na direção errada. Os que observam as iniciativas no sentido correto não passam de 27%. Além disso, 55% consideram ruim ou péssima a atuação de Bolsonaro no enfrentamento à crise do novo coronavírus, e 20% avaliam a atuação como ótima ou boa – o menor patamar em sete pesquisas.

Foram realizadas 1.000 entrevistas telefônicas, de abrangência nacional, nos dias 26 e 27 de maio. A margem máxima de erro da pesquisa é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

Com informações do Infomoney

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