Rodrigo Maia defende ação dura contra os ataques ao Congresso e STF

“Eu acho que a Justiça tem que, respeitados os limites da lei, tomar decisões duras em relação às ameaças que se fazem aos ministros do STF”, defendeu o presidente da Câmara em entrevista ao Portal UOL

(Foto: Reprodução)

Em entrevista ao Portal UOL, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pediu dureza no combate aos ataques sofridos pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e ao Congresso Nacional.

“Eu acho que a Justiça tem que, respeitados os limites da lei, tomar decisões duras em relação às ameaças que se fazem aos ministros do STF. Quando é uma crítica, isso é da democracia e da liberdade de expressão. Mas notícias falsas, ameaças… Por que se fazem ameaças? Porque se quer impedir que o outro cumpra suas funções constitucionais. Não quer que o ministro continue investigando as questões das fake news. Ir até a casa dele, agredi-lo, isso tudo passa do limite. O que não pode é milhares de robôs criando uma narrativa com pessoas estimulando ódio às instituições do Brasil”, disse.

Lembrou que foi vítima desde o ano passado desses ataques; hoje é o Supremo, em um movimento gravíssimo.

“Então nós precisamos organizar as relações dos Poderes com a sociedade. A maioria absoluta da sociedade, certamente perplexa, não aceita que a gente possa ver movimentos em 2020 contra o Supremo, contra o Congresso, muitas vezes apenas porque diverge ou faz uma crítica numa entrevista como essa”, afirmou.

Manifestações

Referindo-se as manifestações do último domingo (31), quando aliados do presidente Bolsonaro, exigiram novamente o fechamento do Congresso, do STF e a ditadura militar, o presidente Câmara disse que são movimentos inaceitáveis.

Ele alegou que os ataques são inaceitáveis diante de uma crise política no meio de uma pandemia e o consequente impacto econômico causa pela covid-19.

Sobre uma possível ruptura política no país, Maia declarou que os generais no atual governo não representam as Forças Armadas.

“Um ministro que é general da reserva, ou ainda está ativo e vice-ministro de um governo, ele não representa as Forças Armadas. Elas representam o estado brasileiro”, disse Maia.

“Esses ministérios representam uma política do governo Bolsonaro, legítima. Eles não podem misturar o histórico, uma carreira deles, uma posição política, ou representar como Forças Armadas. Não podemos criticar como FAs pelo movimento de um governo político que foi das FAs. “, completou.

Maia diz que não vê nas Forças Armadas nenhum movimento de política ou apoio político ao governo. “Elas têm papel de garantia de estado, nossa soberania e, portanto, devem ser formadas permanentemente”, ressaltou.

Confira a entrevista:

Com informações do Portal UOL

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