Bolsonaro escala crise e volta a chamar manifestantes de terroristas

Movimentos em defesa da democracia anunciaram manifestações em conjunto contra a ofensiva autoritária do presidente

Bolsonaro escorrega e cai na entrada do hospital (Foto: Reprodução)

Na mesma linha do presidente dos EUA, Donald Trump, Bolsonaro partiu novamente para o ataque aos manifestantes antifascistas que começaram a ocupar as ruas do país. “Estamos assistindo agora grupos de marginais, terroristas, querendo se movimentar para quebrar o Brasil”, disse ele nesta sexta-feira (5) durante inauguração do Hospital de Campanha de Águas Lindas de Goiás.

Assim como Trump, Bolsonaro tem como estratégia associar os protestos a atos violentos. Nesta quinta-feira (4), Bolsonaro chamou numa live os manifestantes de “idiotas, marginais e viciados” e pediu que seus apoiadores permaneçam em casa e não participem de atos.

Ao participar da inauguração, Bolsonaro voltou a desrespeitar as recomendações sanitárias não usando máscara e promovendo aglomeração. Ele caiu após escorregar na entrada do hospital.

 Movimentos unidos

Contra essa ofensiva autoritária, os principais movimentos em defesa da democracia “Basta”, “Estamos Juntos” e “Somos 70%” anunciaram manifestações em conjunto nos próximos dias, mas para evitar aglomerações farão os atos de forma virtual.

O Somos 70% divulgou nesta quinta-feira (4) um vídeo em que classifica Jair Bolsonaro como ditador e faz críticas ao trabalho do governo federal no combate ao coronavírus.

Criador do movimento, o economista Eduardo Moreira é quem faz a narração e afirma que o grupo é favorável ao isolamento social para frear o avanço da doença, assim como à ciência, em contraposição a “mentiras repetidas à exaustão” atribuídas ao presidente.

Segundo líderes dos grupos, uma manifestação em conjunto deve sair nos próximos dias, mostrando união dos manifestos.

Com informações da Folha

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