STF define futuro do inquérito das fake news que atinge bolsonaristas

A expectativa é que a Corte declare constitucional o inquérito que investiga deputados, empresários e blogueiros ligados a Bolsonaro

Supremo Tribunal Federal - Foto: José Cruz/Agência Brasil

Por meio de videoconferência, O STF (Supremo Tribunal Federal) vai julgar nesta quarta-feira (10) se dará prosseguimento ao inquérito das fake news que investiga parlamentares, empresários e blogueiros ligados ao presidente Bolsonaro. O principal questionamento é que as investigações começaram por meio de ofício do presidente da Corte, Dias Toffoli, que escolheu o ministro Alexandre de Moraes para relatar o caso. Os críticos questionam a ausência da PRG (Procradoria-Geral da República) no início do processo.

No entanto, a perspectiva é que a portaria seja declarada constitucional. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, apesar de o caso ter sido alvo de duras críticas internas, a avaliação é que prevalecerá a necessidade de demonstrar força para impedir a ofensiva do chefe do Executivo. Toffoli, inclusive, fez diversos movimentos nesta semana a fim de respaldar a atuação do Supremo. Primeiro, recebeu uma carta assinada por todas associações nacionais de magistrados, de integrantes do Ministério Público, da Polícia Federal e por diversas entidades da sociedade civil.

Depois, recebeu uma carta de apoio ao STF de deputados e senadores de oposição a Bolsonaro. Assim, ficou claro que até grupos políticos críticos do inquérito das fake news passaram a apoiar a iniciativa.

Para reduzir as chances de derrota e garantir maioria, também cresceram as conversas entre os ministros sobre a melhor forma para autorizar o prosseguimento das investigações. As articulações visam sanar vícios, reduzir questionamentos e criar um consenso mínimo sobre ajustes na condução do inquérito para assegurar a formação de maioria em favor da continuidade das apurações.

Com informações da Folha

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