PGR vai apurar conduta do ministro Heleno sobre ameaça à democracia

O general publicou nota contra apreensão do celular de Bolsonaro. Ele considerou essa possibilidade “inconcebível” e “inacreditável” e alertou que a atitude poderia “ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”

Ministro general Augusto Heleno é um dos que não responderam ao senador (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados_

A PGR (Procuradoria-Geral da República) vai apurar “preliminarmente” a conduta do ministro da GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, sobre o teor da “nota à nação brasileira” pela qual o general reage duramente a uma consulta do STF (Supremo Tribunal Federal) feita para a PGR sobre pedido de apreensão do celular de Bolsonaro.

“Foi instaurada notícia de fato no âmbito da Procuradoria-Geral da República para averiguação preliminar dos fatos relatados. Caso surjam indícios mais robustos de possível prática de ilícitos pelo representado, será requerida a instauração de inquérito criminal no STF, para adoção das medidas cabíveis”, disse o procurador-geral da República, Augusto Aras num trecho do documento.

O caso

Como praxe, o ministro do STF Celso de Mello encaminhou o pedido sobre a apreensão do celular, feito por partidos, para a PGR, a quem cumpre opinar se cabe ou não investigar a denúncia. Antes de qualquer decisão, o general da reserva publicou, no dia 22 de maio, nota criticando o pedido que o considerou “inconcebível” e “inacreditável” e alertou que a atitude pode “ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”.

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