Presidência tem 108 funcionários com Covid-19, segundo Planalto

Nesta terça, Jair Bolsonaro tirou a máscara diante de jornalistas ao anunciar que testou positivo para a doença. Estima-se que ao menos 40 pessoas tiveram contato com o presidente nos últimos dias.

Palácio do Planalto - Foto: Agência Brasil

A Secretaria-Geral da Presidência da República informou que até o dia 3 de julho deste ano 108 funcionários do Palácio do Planalto foram diagnosticados com a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

A manifestação do Palácio do Planalto ocorre após questionamentos sobre quais procedimentos estão sendo adotados para a segurança e o bem-estar dos servidores da Presidência durante a pandemia do coronavírus, principalmente depois de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter sido diagnosticado com a Covid-19.

Nesta terça-feira (7), Bolsonaro anunciou pessoalmente que seu teste deu positivo para a doença, em entrevista à qual compareceram equipes da CNN, TV Record e TV Brasil. No fim do anúncio, tirou a máscara, colocando em risco os profissionais da imprensa. Estima-se que ao menos 40 pessoas tiveram contato com o presidente antes de ele fazer o exame.

Em nota divulgada na noite de hoje, a pasta disse que o número corresponde a 3,8% do total de servidores da Presidência, que hoje conta com quase 3,4 mil funcionários.“Não houve mortes e mais de 90% desses casos foram assintomáticos ou apresentaram apenas sintomas leves”, afirma o texto.

No documento encaminhado à imprensa, a Secretaria-Geral diz ainda que “as orientações médicas relacionadas ao combate ao novo coronavírus têm sido amplamente divulgadas aos servidores da Presidência da República, por meio dos diversos canais de comunicação disponíveis”.

O exame desta terça foi o quarto feito pelo chefe do Executivo para verificar se está com Covid-19 – Bolsonaro afirmou que os outros três deram negativo, mas só mostrou os resultados após ser obrigado por determinação judicial.

A diferença desse dos demais é que, no exame divulgado nesta terça, consta o nome do próprio presidente Bolsonaro. Nas ocasiões passadas, quando submetido aos exames, Bolsonaro optou por omitir o nome para, segundo ele, preservar sua identidade e segurança.

Com informações do Metrópoles