Apenas bancos públicos estão dando crédito a microempresas

Somente a Caixa, o Banco do Brasil e o Banco da Amazônia têm feito a oferta de crédito. Caixa e BB já emprestaram R$ 3,3 bilhões por meio do Pronampe.

Somente os bancos públicos federais têm ofertado empréstimos emergenciais por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), desde o início das operações em junho. Segundo levantamento publicado pelo UOL, a oferta de crédito, até o momento, está restrita ao Banco do Brasil, à Caixa e ao Banco da Amazônia.

O Pronampe foi criado pelo governo para oferecer empréstimos a empreendedores individuais, micro e pequenas empresas enfrentarem a crise do coronavírus. Os recursos são emprestados pelos próprios bancos e têm garantia do Fundo Garantidor de Operações (FGO), um fundo público. Em caso de prejuízo, o governo cobrirá até 85% das perdas totais das carteiras dos bancos com o Pronampe.

Segundo o Banco do Brasil, gestor do FGO, somente a Caixa, o próprio BB e o Banco da Amazônia têm feito a oferta de crédito. Caixa e BB já emprestaram R$ 3,3 bilhões por meio do Pronampe.

O Itaú Unibanco e o BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais) já foram habilitados para oferecer crédito, mas não “formalizaram operações”, informou o BB. Outras 20 instituições financeiras manifestaram interesse no Pronampe, mas ainda analisam se oferecerão os empréstimos.

Procurado, o Itaú afirmou que deve iniciar a oferta de crédito ainda nesta semana. O Santander declarou que deve oferecer os empréstimos aos clientes em agosto, e o Bradesco informou que está aderindo ao Pronampe, sem detalhar quando começará a operação.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que os bancos já iniciaram a análise dos processos e as adaptações dos sistemas para oferta de linhas de crédito do Pronampe.

Os empréstimos do Pronampe têm taxa de juros anual igual à Selic, mais 1,25 ponto percentual ao ano. Atualmente, a Selic está em 2,25% ao ano. Com isso, a taxa máxima anual seria de 3,5%. Além disso, os financiamentos têm prazo de 36 meses.

Baixa execução

Segundo levantamento do Ministério da Economia, a pedido do jornal Folha de S.Paulo, apenas 17% dos recursos anunciados em programas de financiamento lançados ou regulamentados pelo governo foram desembolsados até agora.Os dados mostram a baixa execução das iniciativas do crédito quase quatro meses após começarem as medidas de isolamento.

Dos quase R$ 70 bilhões anunciados para quatro grandes linhas, apenas R$ 12,1 bilhões foram executados. A área do crédito é a mais problemática do pacote econômico contra a crise da Covid-19, na avaliação do próprio titular da pasta, Paulo Guedes.

Fonte: UOL

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