Governo registra segunda-feira com mais mortes por covid, desde maio
Segundas-feiras são dias de menor registro de óbitos, devido à baixa operacional do final de semana. Ainda assim, 733 mortes são um número maior que a média das últimas semanas. TO, RS e DF são os que apresentam maior tendência de aumento e AC e RN os que apresentam maior queda.
Publicado 13/07/2020 20:39 | Editado 13/07/2020 22:02
O Ministério da Saúde informou hoje que foram contabilizadas mais 733 mortes por coronavírus no Brasil nas últimas 24 horas. É o maior número registrado em uma segunda-feira pela Pasta desde o dia 25 de maio, quando 807 óbitos foram reportados.
De acordo com levantamento do consórcio de veículos de imprensa, foram 770 novos óbitos nas últimas 24 horas. Agora, o país tem 72.921 mortes desde o início da pandemia. O número de casos em todo o país teve aumento de 21.783 nas últimas 24 horas, elevando o total de diagnósticos positivos para 1.887.959.
Desde então, em seis segundas-feiras consecutivas a quantidade ficou sempre abaixo das 700 vítimas fatais. No dia 1º de junho, foram 623 mortes. Uma semana depois, no dia 8, o balanço do ministério trouxe 679 notificações de óbitos. No dia 15, foram 627. No dia 22, 654. O número voltou a subir no dia 29 de junho, quando foram 692 vítimas, mas tinha caído para 620 na última segunda-feira, dia 6 de julho. O número de hoje pode apontar tendência de avanço da pandemia.
De acordo com o governo federal, o total de mortos por covid-19 desde o início da pandemia agora subiu para 72.833. O número de novos casos diagnosticados de ontem para hoje foi de 20.286, com o acumulado chegando a 1.884.967.
Os dados do ministério mostraram ainda que o Brasil tem atualmente 657.297 pacientes em acompanhamento com a covid-19, e 1.154.837 casos já são considerados como recuperados da doença.
Tanto a curva de mortes, quanto a de casos se estabilizou em seu patamar mais alto nas últimas semanas, como pode ser observado abaixo:
Centro-Oeste e Sul lideram avanço da pandemia
No total, nove estados mais o Distrito Federal apresentaram alta de mortes: Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins e Paraíba.
A maioria deles vinham apresentando baixo índice de contagio até semanas atrás, enquanto as capitais do Sudeste, Norte e Nordeste lideravam as estatísticas. Com a estabilização e queda naqueles estados, a pandemia parece estar se interiorizando em localidades que tiveram tempo e chance maior de se preparar para o controle da doença.
Veja a seguir:
Brasil, em 13 de julho
- Total de mortes: 72.833
- Mortes em 24 horas: 733
- Média de novas mortes nos últimos 7 dias: 1.036 por dia (variação em 14 dias: +4%)
- Total de casos confirmados: 1.884.967
- Casos confirmados em 24 horas: 20.286
- Média de novos casos nos últimos 7 dias: 37.370 por dia (variação em 14 dias: +1%)
Estados e DF
Veja como o número de novas mortes tem variado nas últimas duas semanas, considerando os dados até o consolidado de 12 de julho (domingo):
- Subindo: PR+76%, RS+90%, SC+53%, MG+63%, DF+85%, GO+61%, MS+57%, MT+31%, TO+106% e PB+26%
- Em estabilidade: ES-11%, SP 0%, AM-9%, RO+9%, RR-7%, AL-1%, BA+5%, CE-7%, MA-3%, PE-15%, PI+3% e SE+15%
- Em queda: RJ-18%, AC-38%, AP-22%, PA-24% e RN-31%
Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás. Até mais ou menos 15% é considerado estabilização de registro de mortes.
Pretos e pardos morrendo mais
Pessoas que se declaram pretas ou pardas estão morrendo mais de causas naturais do que as brancas durante a pandemia de covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus, no Brasil, de acordo com dados de cartórios divulgados nesta segunda-feira.
Segundo os números da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que reúne os registros de óbitos feitos pelos cartórios do país, o número geral de mortes por causas naturais entre 16 de março e 30 de junho subiu 13% na comparação com o mesmo período de 2019.
Entre pessoas que se declaram pretas, por sua vez, o número subiu 31,1% no mesmo período, e entre os autodeclarados pardos a elevação foi de 31,4%. Entre os brancos, o aumento no número de mortes naturais foi de 9,3%, de acordo com comunicado da Arpen-Brasil.