MAS promete mobilização contra manobra eleitoral na Bolívia

Lideranças do Movimento ao Socialismo (MAS) de Cochabamba, no centro Líderes da Bolívia, o partido do ex-presidente boliviano Evo Morales vítima de um recente golpe de Estado, prometeram uma mobilização permanente se o Supremo Tribunal Eleitoral não restabelecer a data de 6 de setembro após um adiamento para o mês de outubro.

marcha feminista na Bolívia

“Damos até domingo, 26 de julho, para que o Supremo Tribunal Eleitoral se manifeste, retificando sua posição. Caso contrário, iniciaremos nossa mobilização permanente a partir de segunda-feira, 27 de julho”, afirmou em um comunicado a liderança do MAS, de acordo com a Agence Grance-Presse.

Alegando aumento nas infecções por coronavírus, o Supremo Tribunal Eleitoral adiou as eleições presidenciais e legislativas que ocorreriam em 6 de setembro para 18 de outubro. Essas eleições são realizadas após a anulação das realizadas em outubro de 2019, um golpe contra.

O MAS e suas bases de trabalhadores consideram que o adiamento das eleições objetiva prejudicar seu candidato, Luis Arce. Arce e o ex-presidente do centro Carlos Mesa estão empatados em 26% nas intenções de voto. Depois dele aparece com 14% Jeanine Áñez, que assumiu a presidência interina da Bolívia após o golpe contra Morales.

Líderes do principal sindicato boliviano convocaram um conselho em La Paz na terça-feira onde pretendem instruir uma greve geral e bloqueios das rodovias nacionais. As autoridades do governo golpista anunciaram ações penais contra aqueles que tentarem tensionar o país em um momento em que se tenta conter a pandemia.