EUA: Milhares se reúnem em Washington em marcha contra o racismo

Data marca aniversário da histórica marcha pelos direitos civis em 1963; familiares de Jacob Blake e George Floyd participaram do ato.

Data marca aniversário da histórica marcha pelos direitos civis em 1963 / Flickr

Milhares de pessoas se reuniram nesta sexta-feira (28) em Washington, nos Estados Unidos, para realizar um ato contra o racismo, na data em que é celebrado o aniversário da histórica marcha pelos direitos civis de 1963.

O protesto ganhou maior proporção devido ao novo episódio de violência policial contra Jacob Blake, que foi alvejado pela polícia de Kenosho, em Wisconsin, e sofreu lesões nervosas permanentes nas pernas. Familiares de Blake participaram do ato e discursaram pedindo por justiça.

Diversos ativistas e políticos fizeram discursos no início da marcha. A candidata democrata à vice-presidência, Kamala Harris, por sua vez, gravou um vídeo para a multidão.

A iniciativa tem como bandeira as últimas palavras falado por George Floyd, um ex-segurança negro morto asfixiado por um agente branco em Minneapolis: “Get Your Knee Off Our Necks” (“Tira o joelho do nosso pescoço”, em inglês).

Bridgett, irmã de Floyd, cuja morte gerou meses de protestos contra o racismo nos Estados Unidos e no mundo, pediu aos manifestantes que “sejam seu legado”. “Meu irmão não poder ser uma voz hoje. Temos que ser essa voz, temos que ser a mudança”, afirmou.

Ela e vários parentes de negros norte-americanos feridos ou mortos pela polícia participaram do evento que lembra o dia em que o líder Martin Luther King Jr. fez seu discurso “Eu tenho um sonho”.

“Você pode ter matado o sonhador, mas não pode matar o sonho”, afirmou o reverendo Al Sharpton, um dos líderes do movimento.

Michelle Obama

A ex-primeira-dama dos EUA Michelle Obama também se pronunciou sobre o caso, dizendo estar “cansada e frustrada” com mais este episódio de violência policial contra um afro-americano.

Em uma publicação no Twitter, ela acusou a Casa Branca, liderada pelo presidente Donald Trump, de alimentar um “racismo sistemático”. “Quantas vezes nossos filhos viram falta de empatia, divisões, racismo sistemático. Às vezes, no banco traseiro de um carro”, disse Michelle, fazendo referência aos filhos de Blake, que testemunharam os disparos contra o pai.

Fonte: Opera Mundi

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