Brasil chega aos 4 milhões de infectados em três dias
País tem 121,3 mil mortes e 3,9 milhões de casos acumulados. Com 30 mil mortes, estado de São Paulo ultrapassa números da Espanha.
Publicado 31/08/2020 21:05 | Editado 31/08/2020 21:54
No Brasil, desde o início da pandemia, 121.381 pessoas morreram em função da covid-19. Nas últimas 24 horas, foram registrados 553 novos óbitos. Os dados estão na atualização do Ministério da Saúde divulgada na noite desta segunda-feira (31). Ontem, o painel do ministério marcava 120.868 óbitos. Há 2.708 falecimentos em investigação.
De acordo com o balanço da pasta, o número de pessoas infectadas desde o início da pandemia chegou a 3.908.272. Entre ontem e hoje, as secretarias estaduais de saúde acrescentaram às estatísticas 45.961 novos casos. Ontem, o sistema do Ministério da Saúde trazia 3.862.311 casos acumulados.
Os casos são menores aos domingos e segundas-feiras pelas limitações de alimentação pelas equipes das secretarias de saúde. Já às terças-feiras, o número usualmente tem sido maior pelo envio dos dados acumulados do fim de semana.
Ainda de acordo com a atualização, 689.157 pessoas estão em acompanhamento e outras 3.097.734 já se recuperaram.
A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 3,1%. A mortalidade (quantidade de óbitos por 100 mil habitantes) atingiu 57,8. A incidência dos casos de covid-19 por 100 mil habitantes é de 1859,8.
Covid-19 nos Estados
Quase seis meses após a primeira morte, em 12 de março, o estado de São Paulo ultrapassou nesta segunda-feira (31) a marca de 30 mil óbitos por coronavírus desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, o estado atingiu 30.014 óbitos no total e 804.342 casos confirmados da infecção desde o início da pandemia.
O estado sozinho já tem mais mortes que a Espanha, que tem uma população parecida, e registrou 29 mil mortes até o momento. A Espanha tem cerca de 47 milhões de habitantes e São Paulo, 44 milhões.
Na América do Sul, se somadas todas as mortes na Argentina (8,4 mil), Chile (11,2 mil), Bolívia (4,9 mil), Paraguai (308), Uruguai (44) e Venezuela (381), o número é menor do que as mais de 30 mil registradas em São Paulo.
A Argentina registra cerca de 8,4 mil mortes e é o país com a quarentena mais extensa do mundo. Na última sexta-feira (28) o governo anunciou a ampliação das medidas de confinamento até 20 de setembro, com isso, o país chegará a seis meses de quarentena, iniciada em 20 de março.
Os estados com mais morte foram São Paulo (30.014), Rio de Janeiro (16.065), Ceará (8.409), Pernambuco (7.593) e Pará (6.146). As Unidades da Federação com menos óbitos até o momento são Roraima (587), Acre (612), Tocantins (673), Amapá (661) e Mato Grosso do Sul (862).
Boletim epidemiológico covid-19 – Ministério da Saúde
Treze estados e o Distrito Federal apresentaram desaceleração na média móvel de mortes por covid-19 nesta segunda-feira (31). De acordo com dados do consórcio de imprensa, outros quatro, porém, tiveram aumento na média móvel.
Entre as regiões, só o Nordeste apresenta desaceleração de óbitos (-20%) em razão da doença provocada pelo novo coronavírus, na variação de 14 dias. As outras tiveram estabilidade no índice: Centro-Oeste (-9%), Norte (-8%), Sudeste (-9%) e Sul (-15%).
Epidemias e Zoonoses
O general Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde, nomeou hoje o médico veterinário Laurício Monteiro Cruz para o cargo de diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis da pasta.
O órgão é responsável pela coordenação do Programa Nacional de Imunização, e deve ter papel importante na distribuição da vacina contra a covid-19.
Cruz vai substituir o servidor de carreira Marcelo Yoshito Wada, também veterinário. Wada é coordenador de Vigilância de Zoonoses e Doenças Vetoriais no mesmo departamento e tem experiência na área de saúde coletiva, com ênfase em epidemiologia.
O novo diretor terá remuneração de R$ 13.623,29, segundo o código da função exercida.