Aos 4 milhões de contágios, começa a lenta e tortuosa queda da curva

Óbitos por Covid-19 somam a menor média desde meados de maio, mas contágios sofrem leve aumento.

Ao ultrapassar a barreira dos 4 milhões de contágios, Ministério da Saúde apresenta dados de entregas de testes em todo o país. A testagem é uma medida importante para contenção do contágio, mas só recentemente começou a ser feita de forma mais generalizada no Brasil.

O Brasil atingiu pouco mais de 4 milhões de casos acumulados de covid-19, segundo informa o balanço do Ministério da Saúde divulgado hoje (3). Nesta altura, começa a se consolidar um movimento de queda na curva epidemiológica, embora lento e sem garantias de consistência. A flexibilização do distanciamento social com retorno de atividades econômicas nas maiores cidades traz o receio de uma recidiva de contágios, caso a população não mantenha medidas sanitárias que impeçam a circulação do vírus.

Pela primeira vez, desde o início da pandemia, apenas 2 estados (AM e TO) apresentam aumento de casos pela média semanal. Os demais estão igualmente divididos entre a estabilidade e a queda.

Desde o início da pandemia, 4.041.638 pessoas foram infectadas com o coronavírus. Entre ontem e hoje, as secretarias de saúde acrescentaram às estatísticas 43.773 novos pacientes diagnosticados com a doença. Ontem o sistema de dados sobre a pandemia trazia 3.997.865 casos desde o início da pandemia.

Ainda conforme a atualização, a pandemia do novo coronavírus é responsável por 124.614 mortes. Nas últimas 24 horas, foram registrados 834 novos óbitos em decorrência da doença.

Embora os números do consórcio de imprensa sejam levemente diferentes, seu levantamento verificou que, desde 14 de maio, não havia uma média de mortes tão baixa para uma quinta-feira. Para comprovar a tortuosa oscilação desta curva, a média de contágios, no entanto, teve aumento de 9%. Quando os casos de contágio aumentam, isto se reflete semanas depois em aumento de mortes, também.

Média de mortes, reflexo de semanas anteriores de contágio, cai
Mas média de contágios sobe, o que pode se refletir em semanas mais à frente

O boletim informa também que a taxa de recuperados aumentou, e já passa de 80% do número total de vítimas. O Brasil registra 3.247.610 pacientes recuperados – 80,4% do total de infectados. Outras 669.414 pessoas ainda estão sob cuidados médicos e são consideradas casos em acompanhamento.

Tabela mostra a atualização do MS sobre a pandemia de covid-19.

Ontem (2), o Ministério da Saúde apresentou o novo boletim epidemiológico que apontou queda de 11% nas mortes na comparação entre a última semana epidemiológica (35ª) e a anterior. Se considerado o número de casos, o número semanal ficou estabilizado.

Estados

Os estados com mais mortes são:

EstadoÓbitos
» São Paulo30.905 
» Rio de Janeiro16.394 
» Ceará8.493
» Pernambuco7.619
» Pará6.215

As Unidades da Federação com menor número de óbitos por covid-19 são:

EstadoÓbitos
» Roraima596 
» Acre622 
» Amapá669
» Tocantins712
» Mato Grosso do Sul914

No total, 2 estados apresentaram alta de mortes: AM e TO. É a primeira vez que apenas 2 estados apresentam tendência de alta no país desde o início do acompanhamento de tendências pelo consórcio da imprensa, em 9 de julho.

No caso do Amazonas, a Fundação de Vigilância em Saúde do estado ressalta que os números têm sido impactados por óbitos de meses anteriores que foram reclassificados pela Secretaria Municipal de Saúde de Manaus como óbitos por Covid-19. Isso pode estar afetando a classificação de aumento de casos.

Em relação a quarta (2), RJ, PE estavam em estabilidade e, hoje, estão em queda. AP e RO estavam em alta e, hoje, estão em estabilidade.

  • Subindo: AM e TO.
  • Em estabilidade, ou seja, o número de mortes não caiu nem subiu significativamente: PR, RS, SP, GO, MS, MT, AP, PA, RO, RR, CE, MA.
  • Em queda: SC, ES, MG, RJ, DF, AC, AL, BA, PB, PE, PI, RN e SE.

Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás.

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