Bolsonaro passa dos limites em live com criança, avaliam parlamentares

O presidente fez piadas gordofóbicas, misóginas, apoiou o trabalho infantil e a sexualização das crianças

(Foto: Reprodução do Twitter)

Um show de horrores. É como está sendo avaliada a live feita nesta quinta-feira, dia 10, de Bolsonaro ao lado da youtuber mirim Esther, de apenas 10 anos. O presidente fez piadas gordofóbicas, misóginas, apoiou o trabalho infantil e a sexualização das crianças. Diante de um cenário de recessão e milhares de mortos pela Covid-19, ele deu gargalhadas para o deleite de assessores e apoiadores.

“Deixa a molecada trabalhar” diz Bolsonaro sobre trabalho infantil. “Deixa o moleque trabalhar, poxa. Eu trabalhei. Outro dia eu falei que aprendi a dirigir com 12 anos de idade. Eu já engraxei sapatos. Molecada quer trabalhar, trabalha”, completou. O trabalho infantil é proibido pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que só autoriza a categoria aprendiz a partir de 14 anos.

A ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) diz que Bolsonaro é um obstáculo para erradicar o trabalho infantil, a exploração sexual e proteger a infância das crianças. A líder do partido na Câmara, Perpétua Almeida (AC), fez cobrança: “E a ministra Damares (Alves), responsável pelo tal ministério da mulher, da família, da infância, da vida dos outros, que não faz nada para proteger essa criança desse lobo mau?!”

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que, em um só vídeo, Bolsonaro erotiza uma criança e faz apologia ao trabalho infantil. “É o fim da picada”, criticou.

O líder da minoria na Câmara, José Guimarães (PT-CE), diz que o conteúdo do vídeo é assustador. “Gordofobia, misoginia, incentivo ao trabalho infantil e erotização precoce. Uma miscelânea de horrores em uma live! É inacreditável, é criminoso, é Bolsonaro!”

O senador Humberto Costa (PT-PE) lembrou que enquanto Bolsonaro está fazendo live constrangendo uma criança, o país enfrenta uma grave crise econômica com os preços dos alimentos nas alturas.

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