‘Espécie de Midas’: diz deputado sobre finanças de Flávio Bolsonaro

O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) ironizou o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), suspeito de estar envolvido em mais um esquema […]

(Foto: Hugo Barreto/Metrópoles)

O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) ironizou o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), suspeito de estar envolvido em mais um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O jornal O Globo revelou nesta sexta-feira (18) que o ex-assessor Guilherme Henrique dos Santos Hudson realizou duvidosa movimentação em dinheiro vivo no período em que trabalhava para o então deputado estadual.

“O Flávio Bolsonaro é uma espécie de Midas. Tudo em volta dele vira dinheiro em espécie. Foi assim com assessores, amigos, ex-assessores…Tudo rachadinho. E ainda tá por aí livre, leve e solto”, disse o vice-líder do PCdoB na Câmara.

Santos Hudson realizou 16 saques comprometedores entre 2009 e 2016, totalizando R$ 260 mil em espécie. Ele é coronel e está na lista de investigados no caso conhecido como “rachadinha”, que apura desvio de dinheiro púbico na Alerj.

Ainda segundo O Globo, o militar possuía parentes lotados nos gabinetes de Flávio e Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). A análise dos dados mostra que os saques ocorriam mensalmente, no valor que geralmente variava entre R$ 10 mil e R$ 12 mil. No total, entre os anos de 2007 e 2018, Santos Hudson sacou um total R$ 1,29 milhão.

Ao todo, o total de saques em espécie, incluindo valores menores, feitos pelo assessor de Flávio foi de R$ 1,29 milhão entre 2007 e 2018. Quando não fazia saques em valores elevados, os dados mostram que a prática era a divisão em várias operações em menor valor, no mesmo dia.

 Em 431 oportunidades isso ocorreu, o que equivale a 25% de todos os saques feitos entre 2007 e 2018, e Hudson sacou mais de R$ 1 mil no caixa. Em quatro oportunidades, Hudson efetuou dois saques de R$ 5 mil no mesmo dia.