Inflação pelo IPCA-15 sobe 0,94% em outubro, maior alta desde 1995

Alimentos puxaram a elevação do índice, com aumento médio de 22,34% do óleo de soja, 18,48% do arroz e 14,25% do tomate.

Arroz subiu 18,48% em outubro - Foto: Pixabay

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve alta de 0,94% em outubro, 0,49 ponto percentual acima da taxa registrada em setembro (0,45%) e maior resultado para um mês de outubro desde 1995, quando o IPCA-15 foi de 1,34%. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice acumula alta de 2,31% no ano e de 3,52% nos últimos 12 meses, acima dos 2,65% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Mais uma vez, alimentação e bebidas lideram o movimento de alta de preços para os brasileiros, com variação positiva de 2,24% (em setembro, havia sido de 1,48%). Os artigos de residência ficaram 1,41% mais caros, enquanto os custos com transportes registraram alta média de 1,34%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em outubro, oito subiram. Somente educação teve variação negativa de 0,02%, registrando praticamente estabilidade.

Dentro do grupo alimentação e bebidas, as maiores altas de produtos foram registradas para o óleo de soja (22,34%), arroz (18,48%), tomate (14,25%), carne (4,83%) e leite longa vida (4,26%). De uma forma geral, os alimentos para consumo no domicílio registraram alta de 2,95% em outubro. Os alimentos para consumo fora do domicílio também registraram alta (0,54%), com destaque para a refeição, que acelerou de 0,09% em setembro para 0,93% em outubro.

No grupo artigos de residência, todos os itens pesquisados tiveram alta, com destaque para mobiliário (1,75%) e TV, som e informática (1,68%).

No grupo dos transportes, a alta foi impulsionada pelo resultado das passagens aéreas, que subiram 39,90%. O segundo maior impacto veio da gasolina (0,85%), que está na quarta alta consecutiva. Em setembro, o item registrou variação positiva de 3,19%.

O IPCA 15 aumentou em todas as regiões pesquisadas em outubro. A maior variação foi na região metropolitana de Fortaleza (1,35%) e a menor em Salvador (0,43%). Para o cálculo, foram coletados preços de 12 de setembro a 13 de outubro de 2020, que foram comparados com aqueles vigentes entre 14 de agosto e 11 de setembro de 2020.

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

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