Dólar dispara e vai a R$ 5,79 com segunda onda da Covid-19 e Copom

O mercado reage à ameaça de fechamento da economia europeia e aguarda decisão sobre a taxa básica de juros nesta quarta-feira (28).

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A cotação do dólar em relação ao real disparou na manhã desta quarta-feira (28), e a moeda norte-americana chegou a valer R$ 5,79 pela manhã. É a maior cotação desde maio, quando o dólar chegou a R$ 5,80. O Banco Central precisou intervir, por meio de um leilão. Depois disso, o dólar perdeu força, mas segue em alta. Às 14h10, subia 1,02% e estava cotado a R$ 5,74 na venda.

O mercado reage à ameaça de um novo fechamento da economia europeia, face ao crescimento de casos e contágios em uma segunda onda do novo coronavírus.

No cenário doméstico, aguarda o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que no fim do dia anunciará a decisão sobre a Selic, a taxa básica de juros da economia. A expectativa é que o BC mantenha a Selic no patamar atual, de 2% ao ano, que representa uma baixa histórica.

No entanto, com o crescimento da inflação, o mercado já vê um cenário de alta das taxas de juros em 2021. Além disso, a taxa de juros mais baixa torna o país menos atrativo para investidores internacionais, o que também contribui para a alta do dólar.

Outra questão são as dúvidas quanto à capacidade do governo Jair Bolsonaro de fazer avançar as pautas caras ao mercado, como as reformas administrativas e tributária e as privatizações.

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