Sem presidente definido, EUA abandonam oficialmente o Acordo de Paris

Os Estados Unidos da América estão oficialmente fora do Acordo Climático de Paris. A intenção de sair do acordo que visa reduzir a emissão de poluentes no mundo já havia sido verbalizada por Donald Trump em 2017. Porém, só na madrugada desta quarta-feira (4), os prazos estabelecidos para o afastamento foram cumpridos.

Em plena eleição no país norte-americano, não se sabe ainda quem vai assumir a Presidência. O atual governo de Trump, que havia classificado o acordo como prejudicial à economia americana, entregou a documentação para sair do acordo há exatamente um ano. Caso Trump seja reeleito, a defesa de leis ambientais terá de ocorrer ao nível de políticas estaduais e locais, mesmo sem o apoio do governo federal.

O candidato democrata, Joe Biden, prometeu reentrar no acordo no primeiro dia na Casa Branca – o que pode acontecer por meio de uma breve ordem executiva. O regulamento do pacto climático permite que o país possa voltar a aderir ao acordo no futuro, caso a Casa Branca queira alterar a decisão. Além da volta ao acordo, um dos pilares da campanha de Biden é o plano de quase 1,5 bilhão de euros para os Estados Unidos alcançarem a neutralidade carbônica até 2050.

O acordo climático de 2015, firmado entre 197 países, tem como objetivo travar, ou pelo menos abrandar, o aquecimento global e garantir que se mantenha abaixo dos 2ºC, num esforço de tentar limitá-lo em 1,5ºC.

Embora o acordo tenha sido assinado em dezembro de 2015, o tratado só entrou em vigor em 4 de novembro de 2016 , 30 dias depois de pelo menos 55 países que representam 55% das emissões globais o terem ratificado. A partir dessa data, nenhum país poderia decidir abandonar o acordo antes de três anos da data da ratificação.

Ainda assim, um Estado-membro que decidisse renunciar ao acordo tinha que cumprir um período de aviso prévio de 12 meses na ONU, por isso só nesta quarta-feira os EUA estão oficialmente fora do Acordo de Paris.

Fonte: Agência Brasil