“Intimidação”: deputado condena ofensiva política contra Felipe Neto

Deputado Márcio Jerry condenou ação política contra Felipe Neto, indiciado por divulgar material supostamente impróprio após denúncia anônima

Felipe Neto é indiciado pela polícia por corrupção de menores - Foto: Reprodução/Instagram)

Vice-líder do PCdoB na Câmara, o deputado federal Márcio Jerry (MA) usou as redes sociais neste fim de semana para condenar ação política contra o youtuber Felipe Neto, indiciado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro por divulgar material supostamente impróprio para crianças e adolescentes em seu canal após denúncia anônima.

“Somos todos Felipe Neto contra o abuso, a tentativa de intimidação política, o uso da máquina pública para perseguir críticos, contra essa grave patologia que é o bolsonarismo. Toda solidariedade!”, declarou o parlamentar.

Assim como Felipe, Jerry atribui a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) as denúncias e diversas representações no Ministério Público para tentar abrir processos criminais contra o influenciador.

Felipe Neto tem se destacado como uma das principais vozes no Brasil contra o governo bolsonarista. Em julho, o brasileiro eleito pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, fez uma série de críticas a Bolsonaro no jornal The New York Times. Na gravação, o youtuber chamou o mandatário de “o pior presidente do mundo” no combate ao coronavírus.

No último sábado (7), o nome dele amanheceu em primeiro lugar nos assuntos mais comentados no Twitter com a “#FamiliasContraFelipeNeto” e “#FelipeNetoNaCadeia”. Segundo a plataforma Bot Sentinel, a hashtag contra ele foi a segunda mais impulsionada por robôs naquele dia.

Em nota divulgada pela sua equipe, o influenciador informou que a ação na Polícia Civil investiga a mesmas acusações feitas há meses contra ele. O youtuber disse ainda que elas são articuladas por “membros da extrema direita, fortemente incomodados com as críticas ao governo Bolsonaro”.

Segundo a assessoria, Felipe Neto prestou esclarecimentos sobre o caso, mas informa que, sem tomar depoimento, o delegado decidiu indiciá-lo. Ele se disse “confiante no Poder judiciário” e “convicto que nunca praticou crime algum”.