Joe Biden pode rotular o Brasil como o primeiro ‘fora da lei’

Com a intenção de que se cumpra o Acordo de Paris, Biden pode aumentar a pressão internacional sob o Brasil para adoção de medidas de preservação ecológica mais rigorosas

Uma das propostas mais divulgadas do recém eleito presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, é o desenvolvimento sustentável. A economia verde e a preservação ambiental devem ser valorizadas em relação à política anterior de Donald Trump. Biden, inclusive, afirmou que os EUA voltarão ao acordo de Paris que o republicano tanto lutou para sair. 

Um dos objetivos principais do acordo é manter a elevação da temperatura em até 2° Celsius. Para cumprir a meta ambiental, o governo de Biden planeja declarar e acusar os negacionistas da questão ambiental, segundo reportagem publicada pela Vox. A intenção é chamar a atenção dos países que não alcançarem as metas estipuladas ou desrespeitarem o compromisso firmado no acordo climático.  

Durante o primeiro debate presidencial neste ano, Biden indicou um possível primeiro candidato para ser taxado de “fora da lei”: Brasil. 

O candidato democrata, na ocasião, disse que levantaria fundos internacionais no valor de U$20 bilhões e entregaria ao Brasil para cuidar da Amazônia. De maneira ainda vaga, mencionou que o Brasil poderia sofrer graves consequências se não parasse o desmatamento. 

O Brasil está no centro do debate ambiental há dois anos, quando imagens da floresta amazônica pegando fogo rodaram o mundo. A resposta do governo brasileiro foi de complô internacional, exagero da mídia e justificativas climáticas. O desprezo de Bolsonaro pela agenda ambiental foi mais um ponto de aproximação entre o presidente do Brasil e Trump. 

Com a saída de Trump do poder e a postura de Biden, é provável que o Brasil experimente pressões internacionais mais fortes do que vinha sofrendo. No momento, há uma indefinição tensa do quanto isso pode influenciar as relações entre os países. Na última quarta-feira (11), Bolsonaro subiu o tom ao falar indiretamente de Biden e uma suposta sanção econômica que o presidente americano pode impulsionar contra o Brasil. Jair Bolsonaro disse então que “quando acaba a saliva, tem que entrar a pólvora”. 

Com informações de Vox

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