Manuela faz movimento na construção de apoios no segundo turno

Manuela D’Ávila (PCdoB) se prepara para o segundo turno, dialoga com candidaturas que disputaram primeiro turno e comenta os desafios da cidade

Porto Alegre me ensinou que a democracia vale a pena, diz Manuela | Foto: Joaquim Moura

A candidata do PCdoB à Prefeitura de Porto Alegre, Manuela d’Ávila, falou nesta segunda-feira (16), ao Jornal do Almoço, da RBS TV, sobre sua ida para o segundo turno, sobre a costura de alianças e as propostas que defende para a capital gaúcha.

Ela anunciou — na coletiva de imprensa de domingo e na entrevista citada — que está procurando dialogar com partidos e candidatos que disputaram no primeiro turno. Entre aqueles do campo progressista e de esquerda estão PDT, PSol, Rede, PV e PSB.

A deputada federal Fernanda Melchionna, que disputou o primeiro turno pelo PSol, publicou em suas redes sociais que se reunirá com Manuela nesta segunda-feira. “Nossa campanha esteve a serviço da luta contra Bolsonaro e Marchezan. Essa já vencemos. Agora é preciso vencer a direita em Porto Alegre. Diferente dos partidos tradicionais, nosso objetivo não é discutir cargos, e sim o programa. Vamos à luta!”, escreveu.

Também pelas redes, Manuela afirmou que esteve com Montserrat Martins, que foi candidato pelo PV.  “Ele me entregou o programa que apresentou na eleição, do PV, e decidirá quem vai apoiar na quarta-feira à noite”, escreveu a candidata.

Debate de ideias

Durante a entrevista ao JA, Manuela enfatizou: “Para mim e para meu candidato a vice, Miguel Rossetto, é uma grande homenagem estar no segundo turno. Estou muito feliz, hoje é um dia feliz, um dia de realização”. Sobre seu projeto para a cidade, colocou: “Porto Alegre pode escolher um novo jeito de governar, um caminho novo, que melhore a vida das pessoas, que combata a injustiça social e enfrente as desigualdades”.

Na avaliação da candidata, “o primeiro turno foi marcado por um baixíssimo nível que eu espero — e me comprometo publicamente — em elevar. Quero fazer do segundo turno um espaço para o debate de ideias, de comparação de programas, de trajetórias, sobre quem nós somos, quem nós fomos e o que queremos fazer juntos por Porto Alegre”.

Ela voltou a comentar o alto índice de abstenção, que foi de 33%. “Para mim, a grande surpresa da noite de ontem foi o fato de a grande escolhida ter sido a ausência nas urnas. Isso me preocupa muito. Eu acredito que quem quer governar a cidade precisa se preocupar com o fato de a maior parte das pessoas não acreditar que a sua opinião faça diferença. E para mim faz muita diferença”.

Manuela explicou que quer “conversar com essas pessoas, mostrar que a vida não precisa ser tão injusta em Porto Alegre. Que nós não precisamos ter a passagem de ônibus mais cara do país; que não precisamos ter 13 mil crianças sem vagas nas creches; que não precisamos ter comunidades sem água por grandes períodos de tempo. É possível construir um governo que converse com as pessoas com participação popular. E eu e o Rossetto estamos prontos para isso”.

Pandemia e saúde

Sobre os reflexos da pandemia na cidade e a gestão própria da vacina, Manuela colocou: “Uma das maiores mentiras que circularam nos grupos de Whats, nas comunidades, é que nós estamos preparando um lockdown. Tem gente que mente porque acha que pode prever o futuro. Vou trabalhar para impedir a segunda onda de coronavírus em Porto Alegre”.

A candidata do PCdoB explicou que, para manter a economia aberta, “precisamos ter cuidado com o volume de circulação de pessoas e com o uso de máscara. Nós acreditamos na gestão própria da vacina” porque, apontou, “lamentavelmente o presidente Bolsonaro tem boicotado ideologicamente o tema da vacina”.

Manuela destacou o importante papel dos agentes de saúde nesse processo. “Faremos a gestão junto com os trabalhadores e as trabalhadoras do Imesf (Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família) e também com os trabalhadores e trabalhadoras que estão contratualizadas no atual modelo, sem interromper contrato, dando continuidade às ações. Garantiremos medidas nas comunidades para evitar a ampliação do contágio. É isso que vai garantir que mantenhamos a cidade aberta: cuidar para que o vírus não se prolifere”.

Questionada sobre sua política para a terceira idade — uma vez que Porto Alegre é a capital com maior número de pessoas com mais de 60 anos — a candidata declarou: “Para mim, o tema dos nossos idosos e idosas é muito importante. E isso tem relação com a circulação na cidade, com a acessibilidade, com os espaços públicos — parques e praças —, com atividades físicas — defendemos a volta da Secretaria Municipal de Esporte que foi responsável, num largo período, pela realização de atividade física. Isso reduz o custo na saúde porque quando nossos idosos se exercitam, temos menos problemas de saúde, menos depressão”.

Por fim, destacou: “Meu compromisso é devolver a Porto Alegre tudo aquilo que Porto Alegre já me deu. Nasci aqui, Porto Alegre me fez vereadora, deputada federal, deputada estadual. Esta é a cidade que eu vivo e crio a minha família e meu compromisso é entregar aquilo que Porto Alegre me ensinou: que a democracia vale a pena, que a participação vale a pena e que a política pode transformar a vida das pessoas para melhor. Eu quero debater isso no segundo turno, e nós vamos vencer!

Fonte: PCdoB

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