Novo, o partido dos rentistas, fracassa nas urnas e não elege prefeito

Nas eleições municipais, partido elegeu apenas 29 vereadores em todo Brasil e está no segundo turno somente em Joinville (SC)

Filipe Sabará foi expulso do Novo enquanto concorria à Prefeitura de São Paulo

Em 2018, o Novo, mais liberal dos partidos brasileiros, surpreendeu ao disputar o pleito presidencial com João Amoêdo e eleger Romeu Zema para o governo de Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do País. Pesquisas recentes do Atlas Político chegaram a apontar a legenda como a terceira de preferência do eleitorado, atrás apenas de PT e PSL (provavelmente identificado como bolsonarismo).

Mas o que prometia ser o impulso para a consolidação do partido queridinho dos rentistas perdeu força. Nas eleições municipais de 2020, o Novo elegeu apenas 29 vereadores em todo Brasil, não conquistou nenhuma prefeitura e está no segundo turno somente em Joinville (SC).

Minas é o maior exemplo do fiasco. Mesmo à frente do governo estadual, o Novo decidiu lançar candidatos em apenas três municípios. Ficou em quinto lugar em Belo Horizonte e Contagem. Em Araxá, terra natal de Zema, terminou a corrida na terceira posição. Detalhe: Minas Gerais tem 853 municípios.

No início do ano, o partido – que lista regras para candidaturas, como não usar fundo eleitoral e recusar coligações – vetou parte grande dos interessados em concorrer a prefeituras. Foi o caso de Luiz Eduardo Falcão em Patos de Minas (MG). Seu desejo de concorrer foi reprovado pela direção nacional do Novo.

Falcão se desfiliou da legenda e, no último domingo (15), foi eleito prefeito pelo Podemos com 52,9% dos votos. Em vídeo divulgado em janeiro para anunciar sua saída do Novo, Falcão disse que a cúpula do partido precisava “sair do ar-condicionado” e conhecer a realidade das cidades.

Já em São Paulo, a chapa aprovada pelo processo seletivo foi suspensa nos primeiros dias de campanha, com direito a controvérsia envolvendo uma fraude no currículo do candidato a prefeito, Filipe Sabará. A situação piorou com a reportagem da revista Crusoé que apontou um possível conflito de interesses: a esposa do presidente do diretório municipal trabalhava com Sabará na Prefeitura de São Paulo. No final, Sabará foi expulso, e o Novo ficou sem candidato na principal cidade do Brasil.

Com informações do O Globo e da Gazeta do Povo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *