IPCA-15 sobe 0,81% em novembro, maior inflação para o mês desde 2015

O grupo alimentação e bebidas acumula alta de 12,12% no ano. Em novembro, registraram alta itens como carnes (4,89%), arroz (8,29%) e batata inglesa (33,37%).

Alimentação está cada vez mais cara - Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, subiu 0,81% em novembro. Foi a maior variação para um mês de novembro desde 2015, quando o IPCA-15 foi de 0,85%. Em novembro de 2019, a variação havia sido de 0,14%. O índice acumula alta de 3,13% em 2020 e de 4,22% nos últimos 12 meses. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (24).

Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em novembro, com destaque para alimentação e bebidas, que registrou alta de 2,16%. Os grupos artigos de residência e habitação variaram 1,4% e 0,34%, respectivamente, enquanto custos com transportes subiram em média 1%.

O grupo alimentação e bebidas acumula alta de 12,12% no ano. Os preços dos alimentos para consumo no domicílio subiram 2,69%, influenciados pela alta de alguns itens importantes na cesta das famílias, como as carnes (4,89%), o arroz (8,29%) e a batata-inglesa, que passou de -4,39% em outubro para 33,37% em novembro.

O tomate (19,89%) e óleo de soja (14,85%) também subiram, embora este último tenha desacelerado em relação ao mês anterior (22,34%). No lado das quedas, o destaque foi o leite longa vida, cujos preços caíram 3,81%.

A alimentação fora do domicílio acelerou de 0,54% em outubro para 0,87% em novembro, principalmente em função da alta do lanche, que registrou variação positiva de 1,92%. A refeição, por sua vez, variou 0,49%, frente à alta de 0,93% no mês anterior.

Em transportes, o maior impacto veio da gasolina, subitem de maior peso na composição do IPCA-15, que subiu 1,17%. Os preços de outros combustíveis, como o etanol (4,02%), o óleo diesel (0,53%) e o gás veicular (0,55%) também subiram.

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