Banqueiros emperram acesso ao crédito para micro e pequenas empresas

O BNDES empenhou R$ 10 bilhões para a modalidade, que é acessada por máquinas para pagamento com cartões, mas a concessão é viabilizada por instituições financeiras

(Foto: Governo do Espírito Santo)

Menos de 10% do dinheiro destinado ao crédito facilitado a micro e pequenas empresas realmente chegou ao público alvo do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (Peac) Maquininhas.

O BNDES empenhou R$ 10 bilhões para a modalidade, que é acessada por máquinas para pagamento com cartões, mas a concessão é viabilizada por instituições financeiras.

Os grandes bancos, entretanto, não têm liberado empréstimos e os R$ 9,1 bilhões ainda disponíveis no programa tem prazo até 31 de dezembro. Depois da data, o Peac Maquininhas se encerra e o dinheiro, caso não haja renovação da ação, terá outro destino.

O Programa apresenta condições vantajosas – carência de seis meses, até 36 parcelas e juros de 6% ao ano – e foi pensado para diminuir os efeitos econômicos da crise provocada pela pandemia.

Dados do Instituto DataFolha, encomendados pelo Sindicato da Micro e Pequena indústria (Simpi) do Estado de São Paulo, apontam que 80% do setor reclamava, na segunda quinzena de novembro, da completa ausência de acesso a crédito.

O patamar é inferior ao registrado no início da pandemia. Em abril, 90% das companhias que se enquadram na categoria indicavam problemas de acesso ao crédito. Em julho, o nível chegou em 76%, mas desde então vem apresentando uma curva ascendente.

“Há empresas que conseguiram crédito no começo da crise, mas que já se esgotou ao longo dos últimos meses”, aponta a entidade. O impacto, segundo o Sindicato, é direto no mercado de trabalho: “De forma geral, 31% operam hoje com menos funcionários do que no início da pandemia”.

Fonte: Reconta Aí

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