Brasil volta a ter mais de 600 mortes diárias por Covid-19

Aceleração em óbitos e contágios é de mais de 30%. Após anúncio de plano de vacinação pelo governador de SP, João Dória, ministro Pazuello reúne-se com governadores e diz que é atribuição nacional a campanha de vacinação, assim como a aprovação de imunizante.

Governadores se reúnem com ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para discutir campanha de vacinação.

Segundo dados divulgados hoje pelo Ministério da Saúde, o Brasil registrou 842 novas mortes provocadas pela Covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, houve 178.159 óbitos em todo o país causados pela doença.

Segundo o cálculo do consórcio da imprensa, foram em média 617 óbitos nos últimos 7 dias, uma variação de 31% na comparação com 14 dias atrás. Ontem o país voltou a ter média de mortes acima de 600, um fenômeno que não ocorria desde 10 de outubro.

De ontem para hoje, houve 51.088 diagnósticos positivos para o novo coronavírus, elevando o número de infectados no país para 6.674.999 desde o começo da pandemia.

A média móvel nos últimos 7 dias foi de 41.056 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de +31% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de alta também nos diagnósticos.

Ainda de acordo com o governo federal, 5.854.709 pessoas se recuperaram da doença, com outras 642.131 em acompanhamento.

Ao todo, 17 estados e o Distrito Federal seguem com tendência de aceleração na média móvel de mortes, ao passo que apenas três registraram queda. Seis estados se mantiveram estáveis.

O Rio Grande do Sul voltou ao pico de mortes do início de agosto registrando 60 óbitos num dia.

Entre as regiões, três apresentaram tendência de alta na média móvel de mortes: Nordeste (32%), Norte (26%) e Sul (65%). Já Centro-Oeste (1%) e Sudeste (7%) estão estáveis.

  • Subindo (17 estados + o DF): PR, RS, SC, ES, MG, SP, DF, MS, MT, AP, RO, TO, BA, CE, PB, PE, RN e SE
  • Em estabilidade, ou seja, o número de mortes não caiu nem subiu significativamente (6 estados): RJ, AC, PA, RR, AL e PI
  • Em queda (3 estados): GO, AM e MA

Vacina garantida

Após se reunir com governadores de estado e participar de um evento oficial no Palácio do Planalto, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, fez um pronunciamento nesta terça-feira (8) em que afirmou que o governo federal está empenhado em adquirir vacinas para imunizar a população brasileira contra a Covid-19. Segundo ele, até agora já estão asseguradas 300 milhões de doses, que poderiam ser usadas em 150 milhões de pessoas, já que cada indivíduo precisa receber duas doses da vacina.

A reunião e pronunciamento foi feito um dia depois do governador de São Paulo, João Dória (PSDB), ter anunciado um plano de vacinação com previsão de início em 25 de janeiro. Dória aproveitou-se da inércia do Ministério sobre o assunto, em particular, o silêncio e rejeição do governo federal à vacina chinesa Coronavac, em processo de fabricação no Instituto Butantan, para se antecipar e pressionar o ministro.

Em uma referência ao plano anunciado pelo governo de São Paulo, Pazuello ressaltou que cabe à Anvisa aprovar qualquer imunizante, processo que pode levar até 60 dias, segundo o ministro. “Qualquer descumprimento aos procedimentos estabelecidos, pode colocar em risco a saúde da população. E nós não podemos abrir mão disso.”

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