Prorrogar estado de calamidade é necessidade, diz governador do Piauí

A prorrogação permitiria a continuidade do auxílio emergencial. Reduzido de R$ 600 para R$ 300 pelo governo federal, o benefício termina este mês.

Em entrevista à rádio CBN, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), defendeu a prorrogação do estado de calamidade pública no país, que termina nesta quinta-feira (31). Dias é coordenador do grupo sobre vacinas do Fórum de Governadores do Brasil e presidente do Consórcio Nordeste, um bloco de governadores da região.

O governador do Piauí afirmou que a não prorrogação do estado de calamidade equivale a um não reconhecimento da pandemia. “Ninguém quer e ninguém deseja, mas a calamidade é uma realidade”, disse. A prorrogação permitiria, por exemplo, a continuidade do auxílio emergencial. Reduzido de R$ 600 para R$ 300 pelo governo federal, o benefício termina este mês.

Segundo Dias, além de garantir uma proteção financeira os brasileiros, o auxílio emergencial também evitou uma queda maior do Produto Interno Bruto (PIB) do país em meio à crise sanitária. Ele defendeu também a continuidade das medidas adotadas durante a pandemia para evitar o desemprego e lembrou a necessidade de recursos para a saúde, incluindo a vacinação.

De acordo com o governador do Piauí, manter essas políticas só será possível com a prorrogação do estado de calamidade, o que permitirá driblar a camisa de força do teto de gastos públicos.

A equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro, no entanto, resiste fortemente à continuidade do auxílio, porque entende que o país já gastou demais e deveria retornar à austeridade.

O governador do Piauí falou ainda sobre a vacina contra Covid-19 e criticou a demora da Anvisa para aprovar um imunizante.

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