Redução do auxílio a R$ 300 e inflação jogaram 11,6 milhões na pobreza

O valor do auxílio caiu pela metade a partir de setembro, de R$ 600 para R$ 300. Já a inflação foi o dobro para as faixas de renda mais baixas.

(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

O corte do auxílio emergencial à metade e o aumento da inflação, com um peso maior para a população de baixa renda, jogaram 11,6 milhões de brasileiros na pobreza, revela cáculo do economista e pesquisador Daniel Duque, da Fundação Getulio Vargas (FGV), feito com exclusividade para o jornal O Globo.

O valor do auxílio caiu pela metade a partir de setembro, de R$ 600 para R$ 300. Já a inflação foi o dobro para as faixas de renda mais baixas.

“Vai haver um grande pulo entre dezembro e janeiro, com aumento muito intenso da pobreza. Já estamos vendo isso ao longo dos últimos meses, de uma maneira mais gradual, porque as pessoas foram conseguindo o auxílio aos poucos. Está havendo alguma recuperação no mercado de trabalho, mas não o suficiente para compensar o auxílio”, afirmou Duque a O Globo.

Segundo o levantamento, a parcela de brasileiros considerados pobres, isto é, com renda domiciliar por pessoa de até R$ 455 por mês, atingiu 24,12% em novembro, considerando a inflação desigual e maior para os mais pobres. Em agosto, auge do auxílio emergencial, esse percentual era de 18,42% da população. Em novembro, após o corte do valor do auxílio, a pobreza voltou a subir.

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