Com 8 milhões de casos, nenhum estado desacelera mortes pela 1a. vez

Sinais são alarmantes de um cenário de caos nos sistemas de saúde e funerário.

Coletiva de imprensa para atualização do Plano São Paulo. Foto: Governo de São Paulo

Um dia após ultrapassar as 200 mil mortes provocadas pela covid-19, o Brasil alcançou, nesta sexta-feira (8), a marca de 8 milhões de casos confirmados da doença desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, foram registrados 52.035 novos diagnósticos positivos da doença e, com isso, o total de pessoas infectadas desde o início da pandemia subiu para 8.013.708.

Gráfico mostra aceleração da curva de contágios, mesmo antes de encerrar a 1a. semana epidemiológica de 2021

A média móvel nos últimos 7 dias foi de 45.294 novos diagnósticos por dia, segundo cálculo do consórcio da imprensa. Isso representa uma variação de +26% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de crescimento  nos diagnósticos.

Quinze estados e o Distrito Federal apresentaram alta na média móvel de mortes: PR, RS, RJ, SP, DF, GO, AC, AM, AP, RO, RR, TO, CE, PB, RN e SE. É a primeira vez desde o começo do cálculo, em julho, que não há nenhum estado com tendência de queda.

O número de mortes em decorrência da pandemia do novo coronavírus está em 201.460. Em 24 horas, foram registrados mais 962 óbitos. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 872 – a maior desde 2 de setembro. A variação foi de +37% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de crescimento nos óbitos pela doença.

Gráfico mostra aceleração da curva de óbitos, mesmo antes de encerrar a 1a. semana epidemiológica de 2021

Ontem (7) o país bateu a marca de 200 mil vidas perdidas para a covid-19, com o total de 200.498 de óbitos. Ainda há 2.577 mortes sendo investigados por equipes de saúde.

Há 697.774 pessoas com casos ativos em acompanhamento por profissionais de saúde, e 7.114.474 pessoas já se recuperaram da doença.

O Brasil é o terceiro país com o maior número de casos confirmados de covid-19 no mundo, de acordo com a Universidade Johns Hopkins. O país está atrás apenas de Estados Unidos e Índia (com 21.668.882 e 10.413.417, respectivamente, em dados divulgados no começo desta tarde).

Estados

Entre os estados com maior número de mortes por covid-19, São Paulo aparece em primeiro lugar, com 48.029 óbitos. Em seguida, vêm os estados do Rio de Janeiro, com 26.480 mortes, de Minas Gerais, com  12.469; do Ceará, com 10.122); e de Pernambuco, com 9.789.

As unidades da Federação com menor número de óbitos por covid-19 são Roraima, com 793 óbitos; Acre, com 823; Amapá, com 962; Tocantins, com 1.263; e Rondônia, com 1.899.

Em relação ao número de infecções, oito Unidades da Federação tiveram redução na semana do ano-novo, sete ficaram estáveis e doze tiveram aumento. Na semana anterior, 21 estados haviam apresentado queda nos casos.

As reduções mais intensas ocorreram em Rio Grande do Norte (-31%), Roraima (-29%) e Paraná (-25%). Já os maiores aumentos se deram no Amapá (81%), Ceará (76%) e Acre (39%).

Já no tocante às mortes, oito estados experimentaram diminuição, cinco ficaram estáveis e catorze apresentaram elevação em relação ao balanço da semana anterior.

As quedas mais efetivas aconteceram em Goiás (-39%), Mato Grosso (-34%) e no Pernambuco (-20%). Já os acréscimos mais representativos foram registrados no Roraima (1300%), Amazonas (57%) e em Rio de Janeiro (56%).

A interiorização das mortes sofreu um leve revés. Os óbitos registrados em cidades do interior representaram, na semana epidemiológica 53, 52%, contra 48% nas regiões metropolitanas. Na semana anterior essa proporção estava em 56% para as primeiras e 44% para as segundas.

Pela primeira vez, nenhum estado pode ostentar a cor verde de controle da pandemia

Aumento de 11% no ano novo

Na semana do ano-novo, as mortes por covid-19 aumentaram 11% e os casos ficaram estáveis, com oscilação de -1%. Com isso, a curva de óbitos, que havia apresentado queda na semana do Natal, voltou a subir.

Entre 27 de dezembro e 2 de janeiro, foram registradas 4.930 mortes, contra 4.439 na semana anterior. A média diária de óbitos no período ficou em 704. Já na semana anterior, do Natal, o índice foi de 634.

Os dados estão no Boletim Epidemiológico da Covid-19 mais recente do Ministério da Saúde, divulgado ontem (7). O documento traz um balanço da semana epidemiológica 53, de 27 de dezembro a 2 de janeiro.

Os novos casos confirmados na semana epidemiológica 53 totalizaram 250.599. O montante representou uma variação negativa leve em comparação com a semana epidemiológica 52, quando o Boletim Epidemiológico registrou 252.651 novos diagnósticos positivos notificados. A média móvel na semana 53 foi de 35,8 mil, contra 36.093 da semana anterior.

A semana 53 possuiu uma particularidade, com o último dia do ano, o 1º de janeiro e um sábado (2). Geralmente aos feriados e fins de semana a alimentação dos dados é menor, pela existência de menos pessoas para processar as informações enviadas pelas unidades de saúde.

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