2021 começa ultrapassando pico de contágios da primeira onda da Covid

Covid-19: Brasil chega a 8,13 milhões de casos e tem 203,5 mil mortes

Praia lotada no Leme, Rio de Janeiro - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Até o momento, 203.580 pessoas já perderam a vida por causa da pandemia do novo coronavírus. O país voltou a apresentar aceleração duas semanas após o início das festas de fim de ano. A tendência é que os números cresçam ainda mais nos próximos dias.

Nas últimas 24 horas, foram registradas 480 mortes em decorrência da doença. Ontem (10), o painel do Ministério da Saúde trazia 203.100 óbitos. Ainda há 2.633 falecimentos em investigação por equipes de saúde. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.004, segundo cálculo do consórcio da imprensa. A variação foi de +59% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de crescimento nos óbitos pela doença.

Curva de mortes revelou forte aceleração na primeira semana de 2021, se aproximando do platô ocorrido entre início de junho e final de agosto

No domingo, de acordo com números levantados pelo consórcio, a média móvel de mortes por dia na semana chegou a 1.016 — desde 11 de agosto o país não registrava mais de mil óbitos por dia nos sete dias anteriores.

Boletim atualiza números da covid-19 no Brasil.

Boletim atualiza números da covid-19 no Brasil. – Ministério da Saúde

O número de casos desde o início da pandemia totalizou 8.131.612. Entre ontem e hoje, as autoridades de saúde registraram mais 25.822 diagnósticos positivos. Ontem, o número de pessoas infectadas desde que a pandemia começou subiu para 8.105.790. Isso representa uma variação de +42% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de crescimento também nos diagnósticos.

A curva de contágios, no entanto, já ultrapassou o pico ocorrido na primeira onda, no final de julho, duas vezes, na 52a semana de 2020 (meados de dezembro) e nesta primeira semana de 2021. O recorde sinaliza para consequências das festas de fim de ano.

Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta segunda-feira (11). O balanço é feito a partir de informações sobre casos e mortes coletadas e enviadas pelas secretarias estaduais de Saúde.

Os números baixos de hoje e também de ontem podem ser explicados pelo fato de que os registros nos fins de semana e feriados tendem a ficar represados devido à redução das equipes nas secretarias de saúde.

É por isso que a média móvel de mortes é a melhor forma de se observar o comportamento da pandemia em um território. Isso porque, em vez de analisar apenas os dados diários, o cálculo permite a observação de uma tendência que se desenhe nos últimos sete dias. Com a média de hoje, o país manteve a tendência de aceleração que vem apresentando desde sexta-feira (8): 59%.

Há 720.549 pessoas com casos ativos em acompanhamento por profissionais de saúde e 7.207.483 pessoas recuperadas da doença.

Em geral, os registros de casos e mortes são menores aos domingos e nas segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação de dados pelas secretarias de Saúde aos fins de semana. Já às terças-feiras os totais tendem a ser maiores pelo acúmulo das informações de fim de semana que são enviadas ao Ministério da Saúde.

Estados

Na lista de estados com mais mortes, o topo é ocupado por São Paulo (48.379), seguido por Rio de Janeiro (26.771), Minas Gerais (12.736), Ceará (10.160) e Pernambuco (9.851).

As unidades federativas com menos óbitos são Roraima (793), Acre (826), Amapá (976), Tocantins (1.274) e Rondônia (1.926).

Novamente o país tem nenhum estado em queda na média móvel – um feito inédito até a última sexta-feira. Catorze estados tiveram aceleração, enquanto doze mais o Distrito Federal mantiveram estabilidade.

Entre as regiões, apenas o Centro-Oeste teve estabilidade (11%). As demais apresentaram aceleração: Nordeste (22%), Norte (99%), Sudeste (91%) e Sul (35%).

Não há estado em verde, com desaceleração de mortes, apenas aceleração (vermelho) e estabilidade (amarelo).
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