Enem tem abstenção recorde de 51,5%; ministro culpa “mídia”

Mesmo com a abstenção de mais da metade dos inscritos, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, considerou a realização do Enem “um sucesso”.

Estudantes chegam para fazer a prova do Enem em Belém (PA) - Foto: Ricardo Amanajás/Agência Pará

Realizado em meio ao recrudescimento da pandemia, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) registrou neste domingo (17) abstenção de 51,5%, a maior da história. De mais de 5 milhões de inscritos, apenas 2,8 milhões compareceram para fazer a prova. Houve ainda registro de estudantes barrados de fazer a prova devido à lotação das salas, além de aglomeração nos locais de provas.

Devido ao crescimento de casos do novo coronavírus, houve uma mobilização e mais de 20 ações na Justiça pelo adiamento do Enem. Apesar disso, decisões judiciais mantiveram a aplicação da prova em todo o Brasil com exceção do Amazonas, que enfrenta no momento uma explosão de casos e colapso do sistema de saúde.

Mesmo com a abstenção de mais da metade dos inscritos, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, considerou a realização do Enem “um sucesso”. “No meio de uma crise, de uma pandemia, nós conseguimos mobilizar milhões de pessoas de uma forma segura”. Ele atribuiu a alta abstenção ao “medo da contaminação” e à “mídia”, que, segundo ele, fez um trabalho contra o Enem.

Segundo o presidente do Inep, Alexandre Lopes, os alunos que por algum motivo não puderam fazer a prova poderão participar da reaplicação nos dias 23 e 24 de fevereiro. Os participantes do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo, estados em que houve relatos de pessoas barradas de entrar nas salas, reclamaram de não terem recebido qualquer comprovante sobre o mudança de data e o motivo pelo qual não puderam realizar o exame.

Com informações da TV Brasil, CNN Brasil e G1

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