Luciana Santos defende unidade e amplitude contra golpe à democracia
“Nada de auxílio emergencial ou plano de vacinação. As prioridades de Bolsonaro para o Congresso vão de liberação de porte de armas e privatizações, até mineração em terras indígenas e retirada de direitos. Essa é pauta que o presidente imporá ao Legislativo”
Publicado 04/02/2021 10:37 | Editado 04/02/2021 10:56
A presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, se manifestou, na noite desta quarta-feira (3), em suas redes sociais, sobre a gravidade do atual cenário nacional, a falta de priorização do governo Bolsonaro ao que é realmente urgente e necessário e o que se desenha a partir da eleição da nova Mesa Diretora do Congresso Nacional. Ela reafirmou a importância de haver “unidade e amplitude no Parlamento e nas ruas”, para enfrentar os ataques à democracia.
“Nada de auxílio emergencial ou plano de vacinação. As prioridades de Bolsonaro para o Congresso vão de liberação de porte de armas e privatizações, até mineração em terras indígenas e retirada de direitos. Essa é pauta que o presidente imporá ao Legislativo”, disse Luciana.
A dirigente lamentou, ainda, a incompreensão sobre importância da frente ampla para do enfrentamento das pautas alinhadas com o Palácio do Planalto, que apontam para mais retrocessos, autoritarismo, obscurantismo e retirada de direitos, afetando ainda mais o país já combalido. “Mal acabou a disputa pela Presidência da Câmara e do Senado e já podemos perceber o que representará a eleição de candidatos com alinhamento incondicional à agenda bolsonarista. Eis aí o resultado da incompreensão sobre a importância de construir uma frente ampla nesse momento”, declarou.
“É inaceitável termos um Legislativo à mercê da interferência do Executivo, com a CCJ entregue a uma negacionista, que espalha fake news e prega fechamento do Congresso”, destacou Luciana em relação à indicação da deputada Bia Kicis (PSL-DF) para a presidência de uma das mais importantes comissões da Câmara, a de Constituição e Justiça. A deputada bolsonarista é investigada pelo STF no inquérito que apura atos antidemocráticos, inclusive contra o próprio Legislativo que ela compõe.
“É um golpe na democracia, que só enfrentaremos com unidade e amplitude no Parlamento e nas ruas”, concluiu Luciana.
Fonte: PCdoB