Taxar ricos teria impacto positivo de 2,4% no PIB, indica estudo

Impacto foi calculado por pesquisadores da USP prevendo
um programa de proteção social de R$ 125 mensais para os 30% mais pobres.

Um estudo produzido pelo Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da Universidade de São Paulo (Made-USP) estabelece uma relação entre a taxação dos mais ricos e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e riquezas produzidos em um país).

Segundo a pesquisa, uma política de proteção social financiada a partir da tributação do 1% mais rico, com transferência de R$ 125 por mês para os 30% mais pobres, pode ter um impacto positivo de 2,4% no PIB. O estudo é de autoria de Laura Carvalho, Rodrigo Toneto e Theo Ribas.

O documento indica que cada R$ 100 transferidos do 1% mais rico para os 30% mais pobres geram uma expansão de R$106,70 na economia.

Além disso, como a maior parte do ganho adicional dos mais pobres vai para o consumo, uma tributação de R$ 1 a mais do 1% mais rico destinados aos 10% mais pobres elevaria o consumo agregado em R$ 0,63, reduzindo a desigualdade com crescimento econômico.

A taxação dos mais ricos está prevista na Constituição brasileira sob a forma do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF). No entanto, a implementação do mecanismo nunca foi regulamentada.

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