Enquanto falta vacina, governo Bolsonaro vai comprar hidroxicloroquina

O chamamento público para a compra do medicamento foi feito, na última quinta-feira (17), pelo coordenador geral de Aquisições de Insumos Estratégico do Ministério da Saúde, Marcelo Batista Costa

Jair Bolsonaro mostra uma caixa do remédio hidroxicloroquina - Foto: Carolina Antunes/PR

Diante da maior crise sanitária do país e sem vacina para imunizar a população, o governo Bolsonaro abriu chamamento público convocando empresa para fornecer medicamentos, incluindo a hidroxicloroquina, defendido pelo presidente Bolsonaro para o tratamento da Covid-19, apesar de não ter comprovação científica. As informações estão no UOL.

O chamamento público para a compra do medicamento foi feito, na última quinta-feira (17), pelo coordenador geral de Aquisições de Insumos Estratégico do Ministério da Saúde, Marcelo Batista Costa.

Bolsonaro vem insistindo no uso da hidroxicloquina para tratamento e prevenção da covid-19. Em transmissão ao vivo em 14 de janeiro, ele afirmou que o remédio não tem efeitos colaterais e que 200 pessoas que moram no prédio dele se trataram com cloroquina e ivermectina não foram para o hospital..

Quando foi contaminado pela Covid-19, Bolsonaro afirmou ter sido tratado com cloroquina. À época, o estoque era de 4 milhões de comprimidos. A cloroquina e a hidroxicloroquina têm efeitos colaterais que variam de acordo com o organismo de cada pessoa.

Segundo a reportagem do UOL, enquanto o governo Bolsobaro abre edital para a compra do medicamento, na última quarta-feira (17), ao menos cinco capitais já estavam sem doses o suficiente para completar a primeira fase de vacinação. O estoque deve durar apenas até o fim de semana em Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa e Goiânia. Em ao menos outras sete capitais, os estoques devem terminar até domingo.

Desovando estoque

No fim de novembro de 2020, o Ministério da Saúde distribuiu toda a cloroquina disponível a estados e prefeituras. Até novembro, a pasta adquiriu e distribuiu todos os 5,8 milhões de comprimidos de cloroquina obtidos. O Ministério justificou que isso foi feito por causa dos pedidos feitos por prefeituras e governos estaduais.

“O Ministério da Saúde adquire apenas a cloroquina e não possui estoque, uma vez que o medicamento foi distribuído de acordo com pedidos e planejamento prévio dos estados”, informou ao UOL à época.

Com informações do UOL

Autor